PIAZZA DEPÕE NESTA SEGUNDA NA CPI DO FUTEBOL DO SENADO



O zagueiro da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1970 e atual presidente do Fundo de Amparo ao Atleta Profissional (Faap), Wilson Piazza, deporá na próxima segunda-feira (dia 13), às 13h30, na comissão parlamentar de inquérito do Senado que está investigando o futebol brasileiro. Ele deverá falar sobre irregularidades praticadas nas transações de jogadores de futebol.

Na semana seguinte, deverão ser agendados os depoimentos de Wanderley Luxemburgo e de Adrienne de Senna, presidente do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que falará sobre operações suspeitas nos bingos. Já se encontram à disposição da CPI as informações referentes à quebra do sigilo bancário e fiscal de Luxemburgo. Os documentos estão sendo catalogados pela assessoria da comissão.

Além dos dados fiscais e bancários de Wanderley Luxemburgo, a CPI do Futebol já recebeu informações referentes à quebra do sigilo bancário da empresa Traffic e da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A comissão parlamentar de inquérito está investigando se existem irregularidades no contrato de patrocínio firmado entre a CBF e a empresa multinacional de material esportivo Nike, com intermediação da Traffic.

Os dois primeiros depoimentos recolhidos pela CPI do Futebol foram do ministro da Previdência e Assistência Social, Waldeck Ornélas, que sugeriu diversas alterações na legislação previdenciária com o objetivo de evitar a sonegação por parte dos clubes de futebol e do chefe do Departamento de Ilícitos Cambiais e Financeiros do Banco Central, Ricardo Liao. Ele revelou aos membros da comissão que o Banco Central tem 22 processos abertos contra clubes do futebol brasileiro, envolvendo um total de US$ 42,5 milhões de possíveis irregularidades em operações cambiais.

Última a prestar depoimento na comissão parlamentar de inquérito do Senado que está investigando o futebol, a estudante de Direito Renata Alves acusou Wanderley Luxemburgo de ter montado e operado uma rede de negócios envolvendo o recebimento de comissões pela escalação de jogadores, uso de imagem, compra e venda de veículos e transferência irregular de dólares para o exterior.

10/11/2000

Agência Senado


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