Pimentel elogia aposta de Dilma no crescimento com redução de desigualdades e geração de emprego
O líder do Governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE), ao comentar a participação da presidente Dilma Rousseff nesta semana em reunião do G-20 (grupo das 20 maiores economias mundiais, que reúne o G-8, a Rússia e 11 países emergentes), salientou a crescente influência do Brasil no cenário mundial e disse que Dilma propõe alternativas às velhas soluções protecionistas, como o foco no crescimento econômico com redução das desigualdades econômicas e geração de emprego.
- Centrado na busca de uma solução para o problema da dívida de países do bloco europeu - questão que afeta toda a economia mundial e cuja solução depende, fundamentalmente, de um acerto global -, esse novo encontro do G-20 ratifica essa nova e revolucionária configuração de forças. Países que diminuíram os efeitos da última crise global, como o Brasil, souberam reforçar sua capacidade de pagamento ao estimular, com medidas tempestivas e firmes, os seus pujantes mercados internos. Aliás, foi a visão e a confiança do presidente Lula nesse mercado que se tornou o principal pilar no combate à crise de 2008- enfatizou o parlamentar.
Pimentel fez a afirmação ao traçar uma retrospectiva da mudança no cenário mundial nos últimos anos, com o fortalecimento das economias e do espaço geopolítico de países emergentes em contrapartida à crise enfrentada nos países de economia industrializada.
As soluções recentes de socorro aos países endividados da Zona do Euro só foram possíveis, disse Pimentel, depois que os líderes mundiais se deram conta de que não resolveriam a atual crise econômica adotando mais medidas protecionistas para seus países.
- Deve-se buscar, assim, um acordo para as nações em sérias dificuldades de pagamento de suas dívidas - acordo que não apenas renegocie seus compromissos, mas também garanta, sem graves custos sociais, a recuperação econômica desses países - disse o parlamentar, ressaltando as manifestações sociais na Grécia, Portugal, Espanha, Itália e Estados Unidos, contrárias a adoção de políticas recessivas pelos respectivos governos.
Pimentel lembrou as críticas da oposição durante o governo Lula, quando o ex-presidente rechaçou o receituário do Fundo Monetário Internacional (FMI) de adoção de práticas econômicas recessivas e optou pelo crescimento econômico durante a crise de 2008, investindo na capacidade do trabalhador de superá-la, com a diversificação de parcerias comerciais, ampla regulamentação do mercado, políticas sociais de geração de emprego e renda e consolidação do sistema bancário.
Assento na ONU
Pimentel disse que não é à toa que o Brasil vem recebendo apoio para seu pleito de assento permanente no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas.
- Somos postulantes de um assento permanente dentro do Conselho de Segurança, pleito que vem ganhando força e adesão no cenário internacional.
Tal reivindicação, mais do que um símbolo do novo status que adquirimos no sistema multilateral, é a afirmação da nova configuração de forças que as nações emergentes vêm desenhando - avaliou.
Brasil Maior
Ao final de seu discurso, Pimentel pediu a aprovação da MP 541/2011, que faz parte do plano do governo de incentivo à indústria (Brasil Maior). A medida concede vários benefícios fiscais, como restituição de tributos para a indústria exportadora, permissão para aproveitamento de créditos conseguidos com a compra de bens de capital e desoneração da folha de pagamentos para alguns setores.
01/11/2011
Agência Senado
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