Plano Real: Variação do preço do feijão
Dados são do balanço do Plano Real divulgado pela Fundação Procon-SP
Dados são do balanço do Plano Real divulgado pela Fundação Procon-SP Feijão O feijão carioquinha apresentou variação no período analisado de 53,76%. Em 1995, o feijão permaneceu com preços estáveis até dezembro, quando subiu 43,48% em razão da estiagem e da recuperação de preços dos produtores, no período da colheita do feijão das águas. Em 1996, o quadro foi de estabilidade apesar da alta dos preços na entressafra (setembro e outubro). O feijão teve uma queda acentuada a partir de maio de 1997 causada pela grande oferta do produto no mercado. Ao longo de 1998, o feijão teve uma majoração de 125,32%, seu valor em 30/12/97 era de R$ 0,79 e passou para R$ 1,78 em 30/12/98. O processo de alta nos preços do produto começou no início do ano em decorrência de fatores climáticos (chuvas no sul e estiagem no nordeste do País), atingindo o seu pico no mês de maio. A partir de agosto, em razão do alto custo, o consumo baixou forçando a queda dos preços. Com a entrada da nova safra começou a se delinear um mercado de baixa. O feijão apresentou, no primeiro semestre de 1999, uma escala decrescente de preços, com pico de queda em julho, devido ao aumento na oferta, já que a alta verificada em 1998 animou intensamente os produtores. Porém, em agosto, época de entressafra do grão, verificou-se o início da reversão desta tendência, pois a queda de preço levou a uma redução na área plantada que somada a geadas no Sul e chuvas no Nordeste, provocaram grande queda na oferta. Ocorreu, também, especulação por parte dos produtores. Em novembro, os preços recuaram, pois os produtores ofertaram a mercadoria antes retida, além do que, neste mês, havia expectativa da entrada da safra, a partir de dezembro, proveniente do Sul. Os preços deveriam cair ainda mais em dezembro, por ser também mês de férias escolares, portanto de baixo consumo do grão, porém os estragos provocados pela estiagem, e demais adversidades climáticas, decorrentes do fenômeno La Niña, levaram a uma redução na área plantada, que não permitiu novas quedas. O feijão acumulou no ano de 1999 variação negativa de 30,90%. Já em 2000, o feijão acumulou variação negativa de 15,45%, sendo que foi o terceiro produto de maior queda do ano. No primeiro semestre de 2001, a variação do produto foi de 37,50%. O feijão nos quatro primeiros meses do ano apresentou variação positiva, destacando-se o mês de março com 24,39%, devido à pequena oferta do produto em função da diminuição da primeira safra em todos os Estados produtores, além de um certo atraso nas principais colheitas. A falta de chuvas na Bahia e a redução na área de plantio de 28% no Paraná, principal Estado produtor, contribuíram para novas altas. Esse quadro de preços ascendentes levou o produtor a reter mercadoria de boa qualidade na espera de novas altas, reduzindo ainda mais a oferta do grão, já escassa. Somente nos meses de maio e junho, período da safra da seca, o clima favorável aumentou a produção (6,5% maior que o mesmo período do ano anterior) ocasionando queda dos preços. Leia também: * Consumidor: Procon-SP divulga balanço do Plano Real Confira as variações registradas nestes últimos sete anos: * Carne * Frango * Arroz * Batata * Cebola * Farinha de Trigo * Café * Açúcar07/19/2001
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