População da região Norte é a que mais confia nas Forças Armadas, diz Ipea
O Norte é a região brasileira que mais confia nas Forças Armadas, revela a segunda edição do Sistema de Indicadores de Percepção Social (Sips): Defesa Nacional, divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) na quinta-feira (26). Dos moradores da região que foram ouvidos pela pesquisa, 55% afirmaram ter muita ou total confiança nas Forças Armadas, enquanto 25% confiam razoavelmente. Apenas 19,7% confiam pouco ou nada.
Na média do Brasil, 49,6% indicaram ter muita ou total confiança e menos de 18% não confiam nada. Esta edição do Sips trouxe ainda informações sobre a percepção do brasileiro em relação às funções das Forças Armadas e às condições oferecidas para que elas sejam exercidas.
Para a maior parte da população, o papel mais importante do Exército, da Marinha e da Aeronáutica é o “combate à criminalidade em conjunto com as polícias”, seguido da “defesa do País em caso de guerra”. Os dois itens obtiveram percentuais próximos: 58,1% e 55,4%, respectivamente. Logo depois vieram as “funções sociais” da Forças Armadas: “ajudar a população com serviços médicos e sociais e em caso de desastres naturais”, com 49,7%.
Os entrevistados avaliaram positivamente as condições dos equipamentos disponíveis para as tropas do País (48% acham bom ou muito bom o estado dos equipamentos e 29%, regular). Mesmo assim, foi generalizada a percepção de que é necessário investir mais na estrutura oferecida às Forças Armadas: sete em cada dez disseram que o orçamento militar deveria aumentar muito ou razoavelmente.
O Sips Defesa Nacional também questionou os entrevistados sobre a atuação do País em missões de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) e sobre as formas de contribuição da população em caso de guerra.
Ao todo, foram ouvidas 3.775 pessoas na pesquisa, em 212 municípios, abrangendo todas as unidades da Federação.
“Um dos destaques dessa série de pesquisa sobre a defesa nacional foi o baixo índice de respostas enquadradas na categoria 'não soube ou não quis responder', o que indica que o entrevistado tem uma opinião consolidada sobre o assunto, mesmo que não tenha definições precisas de conceitos”, comentou Edison Benedito, um dos autores do estudo.
Fonte:
Ipea
27/01/2012 11:43
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