Preços agrícolas apresentam leve alta na segunda quadrissemana de janeiro



Estudo foi realizado pelo Instituto de Economia Agrícola da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios

O Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqPR), que mede os preços pagos ao produtor rural, registrou leve alta de 0,26% na segunda quadrissemana de janeiro, de acordo com o Instituto de Economia Agrícola da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado (IEA/Apta/SAA).

Por grupos, o índice de preços dos produtos de origem vegetal subiu acima da média (1,99%), mas o índice de preços dos produtos de origem animal apresentou variação negativa de 4,37%. Sem considerar a cana-de-açúcar, o índice de produtos vegetais aumentou 4,67%, levando o índice geral a se tornar negativo em 0,02%.

Entre os produtos pesquisados, dez apresentaram alta nos preços (oito do setor vegetal e dois do segmento animal), enquanto outros dez sofreram queda (seis da área vegetal e quatro de origem animal). As altas mais expressivas ocorreram nos preços do tomate para mesa (29,44%), do feijão (21,89%), da laranja para indústria (6,65%), dos ovos (3,70%) e da carne suína (3,48%).

As chuvas recentes levaram à redução da oferta do tomate, segundo os pesquisadores Luis Henrique Perez, Danton Leonel de Camargo Bini, Eder Pinatti, José Alberto Angelo e José Sidnei Gonçalves. Já o atraso na colheita das águas do feijão, plantado mais tarde que o habitual, resultou em oferta insuficiente frente às pressões de demanda. "A falta de chuvas nas lavouras do sul do País reforça a elevação dos preços do feijão no período", apontaram os analistas.

Os preços da laranja para indústria foram influenciados pela desvalorização cambial e pela entrada da entressafra, face às disposições contratuais. Por sua vez, a antecipação dos descartes de aves, com o intuito de se reduzir os custos com ração, diminuiu a oferta de ovos desde o início de dezembro, elevando os preços para os granjeiros.

No caso da carne suína, as festas de final de ano tiveram impactos diretos nos preços desse produto, que é considerado diferenciado pelos consumidores nessas oportunidades. "Porém, com o final do período de festas, a tendência é de recuo das cotações", observam os técnicos do IEA.

As quedas mais significativas foram verificadas nos preços da carne de frango (10,36%), do amendoim (5,28%), da laranja para mesa (4,54%) e da carne bovina (4,47%).

A íntegra da análise está disponível no site do Instituto de Economia Agrícola.

Da Secretaria de Agricultura e Abastecimento



01/25/2012


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