Preços agrícolas sobem 1,70% na primeira quadrissemana de dezembro
Entre os produtos levantados, 11 apresentaram aumento de preços (sete do setor vegetal e quatro do segmento animal), enquanto nove sofreram queda
O IqPR - Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista, que mede os preços pagos ao produtor rural, aumentou 1,70% na primeira quadrissemana de dezembro, de acordo com o Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento. O índice de preços dos produtos de origem animal subiu bem acima da média, ou seja, 3,98%, enquanto o índice de preços dos produtos de origem vegetal ficou abaixo deste patamar (acréscimo de 0,85%).
Entre os produtos levantados, 11 apresentaram aumento de preços (sete do setor vegetal e quatro do segmento animal), enquanto nove sofreram queda (sete do setor vegetal e dois da área animal). As altas mais expressivas ocorreram nos preços da laranja para mesa (13,83%); do feijão (9,89%); da laranja para indústria (9,24%); do arroz (5,91%) e da carne bovina (5,74%).
A entressafra da laranja de mesa e os dias quentes de dezembro reverteram as expectativas para os preços, que agora tendem a se elevar com a entrada do verão num horizonte que vai até o começo da próxima safra, dizem os pesquisadores Luis Henrique Perez, Danton Leonel de Camargo Bini, Eder Pinatti, José Alberto Angelo e José Sidnei Gonçalves. "Os preços ‘spot' da laranja para indústria também mostram viés de alta no final da colheita, pois estão impactados pela desvalorização cambial".
O atraso do plantio da safra das águas do feijão, devido a fenômenos climáticos, criou escassez conjuntural nas últimas semanas, observam os analistas do IEA. Isto resultou em preços ascendentes "cuja expectativa de reversão depende dos volumes e do momento em que efetivamente se inicie a oferta da safra das águas".
No caso do arroz, o enxugamento dos estoques de passagem, causado principalmente pelo nível de exportação de produto de menor qualidade por parte de países africanos e asiáticos, possibilitou a recuperação dos preços. Segundo os pesquisadores do IEA, isto ocorreu mesmo com a entrada de excedentes de produto novo dos países do Mercosul.
Já a redução do número de animais para o abate, associada à proximidade das festas de final do ano, contribuiu para esta tendência de alta dos preços da carne bovina, aponta a análise do IEA.
As quedas mais significativas foram verificadas nos preços da batata (26,66%); do tomate para mesa (19,20%); da banana nanica (7,58%); do algodão (2,60%) e do trigo (2,45%).
A íntegra da análise está disponível aqui.
Da Secretaria de Agricultura e Abastecimento
12/17/2011
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