Preços ao produtor caem 0,17% em dezembro e fecham 2011 em 2,61%, diz IBGE



O Índice de Preços ao Produtor (IPP) teve variação de -0,17% em dezembro quando comparado com novembro, resultado inferior à taxa observada na comparação entre novembro e outubro (0,02%). Ao comparar o mês atual contra o mesmo mês do ano anterior, os preços variaram 2,61% em dezembro. O acumulado no ano em dezembro foi de 2,61%.

O IPP mede a evolução dos preços de produtos “na porta de fábrica”, sem impostos e fretes, de 23 setores da indústria de transformação. A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na página do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em dezembro de 2011, 13 das 23 atividades apresentaram variações positivas de preços, mesma quantidade no mês anterior. As quatro maiores variações observadas em dezembro se deram entre os produtos compreendidos nas seguintes atividades industriais: impressão (-2,89%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-2,45%), fumo (1,92%) e outros equipamentos de transporte (1,33%).

Entre as atividades que, no acumulado do ano, tiveram as maiores variações percentuais sobressaíram: calçados e artigos de couro (17,92%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-11,82%), borracha e plástico(9,03%) e outros produtos químicos (8,38%).

Em 2011, os preços de alimentos aumentaram, em média, 3,16%, contra 21,24% em 2010. Naquele ano, os quatro produtos que mais influenciaram a taxa foram: resíduos da extração de soja, sucos concentrados de laranja, açúcar cristal e carnes de bovinos frescas ou refrigeradas. 

Já em 2011, os produtos em destaque foram: sucos concentrados de laranja, resíduos da extração de soja, carnes de bovinos frescas ou refrigeradas e café torrado e moído. Apesar da coincidência de três produtos, vale notar que, em 2010, todas as principais influências foram positivas, enquanto que, em 2011, a dos resíduos da extração de soja foi negativa.

Os dados do IPP ratificam o cenário internacional: em 2011, os preços dos alimentos continuaram subindo, porém em níveis mais discretos do que os observados em 2010.

Em 2011, os preços do setor têxtil aumentaram, em média, 1,31%, contra 19,81% em 2010. No ano passado, os produtos que mais influenciaram foram: fios de algodão singelos; tecidos de algodão tintos ou estampados, excetos combinados; tecido não-tecido ou falsos tecidos; e roupas de banho com tecidos de algodão, integradas à tecelagem, que responderam por 1,41 ponto percentual, sendo que fios de algodão singelos teve influência negativa enquanto que os outros três tiveram influência positiva.

Em 2011, os preços de calçados e produtos de couro aumentaram, em média, 17,92% contra 3,61% em 2010. Em 2011, os quatro produtos que mais influenciaram foram: couros e peles de bovinos curtidos ao cromo ou secos; calçados de couro femininos, exceto tênis; couros e peles de bovinos e equídeos apergaminhados ou preparados após curtimento ou secagem; e calçados de material sintético feminino - exceto tênis ou para uso profissional, que responderam por 17,42 ponto percentual da taxa de 17,92%. 

O setor de refino de petróleo e produtos do álcool fechou o ano de 2011 com variação de 4,71%, valor similar ao apresentado em 2010 (4,97%). Três dos quatro principais produtos se repetiram como destaques em 2010 e 2011: naftas, querosenes de aviação e álcool etílico (anidro ou hidratado). Em 2010, óleo diesel e outros óleos combustíveis foi destaque, enquanto óleos lubrificantes básicos o foi em 2011. Os quatro produtos em destaque em 2011 representavam em dezembro de 2011 ponderação de 84,66%.

Os outros produtos químicos, em 2011, registraram variação de 8,38%, contra 15,76% em 2010. Em termos de produtos, apesar de não haver coincidência total entre os quatro destaques dos dois anos, a análise mostra certa similaridade: tanto etileno (eteno) não saturado quanto os adubos ou fertilizantes à base de NPK aparecem nos dois anos. No entanto, enquanto os herbicidas para uso na agricultura se destacavam em 2010, o sulfato de amônia ou ureia foi destaque em 2011, sendo, ambos, produtos da mesma cadeia. 

Em 2011, os preços da produção de borracha e plástico apresentaram variação positiva de 9,03% contra variação positiva de 6,23% em 2010. Em 2010 e 2011 os produtos pneumáticos novos para caminhões e ônibus e pneumáticos novos para automóveis e utilitários apareceram como destaques em termos de variação e influência.

Em 2011, os preços do setor de metalurgia caíram, em média, 2,27% contra um crescimento de 3,95% em 2010. No ano passado, os quatro produtos que mais influenciaram foram: lingotes, blocos, tarugos ou placas de aços ao carbono, bobinas a frio de aços ao carbono, não revestidos, bobinas a quente de aços ao carbono, não revestidos e chapas grossas de aços ao carbono, não revestidas, que responderam por uma influência negativa de 1,96 ponto percentual.

 

Fonte:
IBGE



01/02/2012 20:44


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