Pregões eletrônicos geram economia de R$ 2,13 bi para o governo federal



Ao optar pela modalidade pregão eletrônico nas compras e contratações de bens e serviços comuns no primeiro semestre deste ano, o governo federal deixou de gastar R$ 2,13 bilhões —  economia resulta da diferença entre o valor dos produtos no mercado e o efetivamente pago pelos cofres públicos no fechamento das licitações.

Em um período de seis meses, esse valor corresponde a uma economia de 21%, ou 2% a mais que a registrada no mesmo período de 2010, quando o ganho chegou a R$ 1,8 bilhões.

O levantamento, divulgado nesta sexta-feira (22) pela Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, mostra que, para alcançar essa redução nos preços, foram realizados 10.989 pregões, com desembolso total de R$ 7,98 bilhões e participação de 23.856 fornecedores de todo País. Desses, 7.565 venceram as disputas e finalizaram o processo de vendas com o governo.


Preferência

Tirando as dispensas de licitação, a modalidade eletrônica já é responsável por 91% de todos os contratos firmados entre o Poder Executivo federal e terceiros nos últimos 11 anos. Os pregões são realizados por meio do portal Comprasnet. Atualmente, cerca de 2.209 unidades públicas da esfera federal e 5.800 pregoeiros em todo o País fazem uso dessa ferramenta.

Para o secretário Delfino de Souza, além do ganho para o Estado, esse modelo de compras mudou o perfil de aquisições governamentais, trazendo mais agilidade e transparência em todas as fases do certame e atraindo um maior número de vendedores. “A tendência é que o pregão seja cada vez mais utilizado, como recomenda as práticas modernas de governança”, prevê ele. O mecanismo, segundo ele, reduz custos operacionais, amplia as formas de fiscalização do dinheiro público e possibilita melhores compras.

De janeiro a junho deste ano, os materiais mais adquiridos pelas compras eletrônicas, em termos de valores, foram os do grupo equipamentos e artigos para uso médico, dentário e veterinário, que corresponde a 23,8%, ou R$ 1,38 bilhões do valor total das aquisições.

No setor de mão-de-obra, os maiores investimentos foram destinados a atividades de serviços de suporte, ou 14,5% (R$ 311 milhões) das contratações.


Licitações verdes

No mesmo ritmo de crescimento estão as compras sustentáveis, também chamadas de licitações verdes, que ganham cada vez mais espaço nas negociações.

Só no primeiro semestre de 2011 foram fechados 88.024 mil processos de aquisição, movimentando recursos da ordem de R$ 2,37 milhões. Esse montante é 8,53% maior do que o computado em igual período de 2010.

A lista de produtos ecologicamente corretos inclui papel reciclável, “computadores verdes”, equipamentos produzidos com madeira certificada, transportes movidos à energia mais limpa, alimentos orgânicos e sistemas de ar condicionado tecnologicamente evoluídos. 

Os órgãos federais que mais firmaram contratos com esse tipo de mercadoria nos últimos dois anos foram o Ministério da Educação (163), o Ministério da Defesa (105) e o Ministério do Meio Ambiente (48).


Fonte:
Ministério do Planejamento



22/07/2011 16:44


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