Prévia da inflação oficial diminui para 0,70% em maio, aponta IBGE



O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) apresentou variação de 0,70% no mês de maio, um pouco abaixo do resultado de 0,77% de abril. No acumulado do ano, a variação situou-se em 3,86 %, acima dos 3,16% referentes a igual período do ano anterior. Considerando os últimos 12 meses, o índice ficou em 6,51%, pouco maior que os 12 meses anteriores (6,44%). Em maio de 2010 a taxa havia ficado em 0,63%.

A diferença de 0,07 ponto percentual da taxa de abril (0,77%) para maio (0,70%) é explicada, principalmente, pelos grupos alimentação e bebidas, que passou dos 0,79% para 0,54%, e transporte, que, de 1,45%, foi para 0,93%.

O menor ritmo de crescimento nos preços do grupo dos alimentos (de 0,79% em abril para 0,54% em maio) se deveu aos produtos in natura e por aqueles consumidos fora do domicílio. O tomate ficou 9,18% mais barato no mês, assim como as frutas (-2,90%) e as hortaliças (-1,51%), que também tiveram reduções em seus preços. 

Nas refeições fora, item importante no orçamento das famílias, com peso de 4,54% no índice, a redução na taxa de crescimento foi significativa, passando dos 0,91% de abril para 0,47% em maio. Já os lanches consumidos fora, chegaram a apresentar queda de 0,63%, enquanto haviam subido 0,54% em abril.

Por outro lado, o consumidor passou a pagar ainda mais pela batata-inglesa (de 10,05% em abril para 24,22% em maio), feijão carioca (de 5,99% para 7,27%), leite pasteurizado (de 1,58% para 3,82%) e café moído (2,10% para 3,02%), além de outros produtos.


Gasolina atinge 5,3% em maio

No grupo transporte (de 1,45% em abril para 0,93% em maio), o preço do litro do etanol diminuiu substancialmente, ficando com variação de apenas 0,01%, enquanto a alta em abril atingiu 16,40%. No movimento contrário, o litro da gasolina, que já havia aumentado 4,28% em abril, subiu mais ainda em maio, 5,30%.

O item foi responsável por 0,21 ponto percentual de impacto, o maior do mês, representando 30% do IPCA-15. Com isto, a alta da gasolina chegou a 11,82% neste ano, influenciada pelo etanol, que a ultrapassou e atingiu 30,70%.

Ainda no transporte, a menor variação das tarifas dos ônibus urbanos, que, dos 0,62% de abril, passou para 0,14% em maio, o que contribuiu para a redução da taxa no mês. Além disso, houve uma queda marcante nas tarifas dos ônibus intermunicipais (de 0,87% em abril para 0,10% em maio), interestaduais (de -1,36% para -0,60%) e aéreas (de -9,39% para -11,54%).

Apesar da redução no transporte e outros grupos, os produtos não alimentícios ficaram com 0,75%, praticamente repetindo o resultado de abril, quando haviam apresentado 0,76% de variação. Isto porque itens importantes mostraram alta no mês. É o caso dos remédios, cujo reajuste médio de 4,77% nos preços, concedido para vigorar a partir do dia 31 de março, resultou em um aumento de 2,77% em maio.


Contas de água e luz pesam mais

As contas de energia elétrica também passaram a custar mais, com alta de 1,14% após os 0,59% de abril, assim como as contas de água e esgoto, que subiram 1,64% em maio, já tendo aumentado 1,06% em abril.

Aluguel (de 0,76% em abril para 0,95% em maio) e condomínio (de 0,99% para 1,01%), despesas também ligadas à habitação aumentaram de um mês para o outro. Além disso, destacaram-se os salários com pagamento de empregado doméstico, que ficou com 1,14% em maio, após a variação de 0,54% de abril.


Regiões

Dentre os índices regionais, o maior foi registrado em Goiânia (1,07%) tendo em vista a taxa de água e esgoto (2,49%), reajustada em 5,93% a partir de 1º de maio, além da gasolina (6,71%), que impactou 0,43 ponto percentual o índice da área. 

O menor foi o de Belém (0,36%), onde os remédios apresentaram variação de 0,68%, a mais baixa de todas as regiões pesquisadas.

Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 13 de abril a 13 de maio e comparados com aqueles vigentes de 16 de março a 12 de abril de 2011.

O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA; a diferença está no período de coleta dos preços.


Fonte:
IBGE



20/05/2011 15:08


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