Prévia dá início à dança das cadeiras nos Executivos









Prévia dá início à dança das cadeiras nos Executivos
Cinco dos secretários de Olívio Dutra disputarão uma vaga na Câmara dos Deputados, três uma cadeira na Assembléia Legislativa e um tentará candidatura ao Senado Federal

D ois dias após a escolha do seu candidato ao governo do Estado, o PT inicia uma nova rodada de negociações envolvendo a substituição dos nove secretários estaduais, que deixam os cargos para concorrer nas eleições desse ano. Cinco disputam uma vaga na Câmara dos Deputados, três à Assembléia Legislativa e um é pré-candidato ao Senado Federal. Segundo informações que circulam pelo Palácio Piratini, a tendência é de que a troca dos secretários será pelos seus substitutos imediatos, embora ainda possa ocorrer algumas alterações.

Na Casa Civil, chefiada pelo secretário Flávio Koutzii, que deverá disputar uma das vagas ao Senado, a especulação mais forte é a de que sua substituição será pelo chefe de gabinete do governador, Laerte Meliga, em razão de o chefe adjunto da pasta, Gustavo de Mello, concorrer a deputado estadual.


Votos de Suplicy no RS superam média nacional
Na prévia para presidente, o senador recebeu a preferência de 17,8% dos petistas gaúchos, contra 15,2% do total do país

A totalização da prévia nacional do PT indicava ontem 84,8% dos votos para o presidente de honra do partido, Luiz Inácio Lula da Silva, contra 15,2% dos votos para o senador Eduardo Suplicy. Os dois disputam a indicação do partido para concorrer à Presidência da República. Em seis Estados - principalmente no Sul e Sudeste do país - Suplicy consegue superar a média de 15,2% da preferência dos filiados (veja quadro ao lado). No Paraná, por exemplo, ele alcança 23,6% e em São Paulo chega a 23, 1 % dos votos, os maiores índices do país. No Rio Grande do Sul, o percentual fica em 17,8.

De acordo com informações da Secretaria Nacional de Organização (Sorg) do PT, até ontem estavam apuradas as cédulas oriundas de 63,1% municípios. Esse índice corresponde a 72,4% do universo de eleitores. Em números absolutos, Lula tinha, até essa terça-feira, 120.072 votos, e Suplicy, 21.497. Houve ainda 2.070 votos em branco e 1.111 nulos.


Pavan poderá sair como vice de Tarso Genro
“Não sou candidato de mim mesmo. Quero saber a posição da minha corrente”, diz o líder do governo na Assembléia

O 16º Encontro Estadual do PT, marcado para o próximo final de semana para definir o candidato a vice-governador e os nomes que disputarão ao Senado pelo partido, foi adiado mais uma vez pela Executiva estadual. Será nos dias 6 e 7 de abril. Um acordo, única forma de mudar a data do evento pela segunda vez, foi fechado ontem à tarde em reunião dos membros da executiva com representantes das candidaturas de Paulo Paim, Emília Fernandes e Flávio Koutzii. Eles também receberam o presidente da CUT, Quintino Severo, para discutir a greve geral contra a alteração da CLT, marcada pela Central para dia 21.


Jarbas Vasconcelos aceita ser vice de Serra
O governador de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos (PMDB), aceitou ontem ser o vice na chapa liderada pelo senador José Serra (PSDB) para a Presidência. O sim foi dado em almoço com o presidente do PMDB, deputado Michel Temer, e depois de uma conversa com o líder do partido na Câmara, Geddel Vieira Lima. Hoje, o presidente do PSDB, deputado José Aníbal, oficializa o convite. O nome do governador só será anunciado em abril, quando o PMDB decide oficialmente que rumo toma na eleição. “A vaga de vice não se disputa, é resultado de composição", define Jarbas.

Depois de fechar com o PMDB, os tucanos vão intensificar a negociação com o PPB e ampliar os contatos com o PTB. Com o crescimento de Serra nas pesquisas, o PSDB acredita que pode atrair os petebistas, apesar do compromisso que assumiram com o candidato do PPS, Ciro Gomes. A última fase na formação da aliança será buscar o apoio do PFL. Os dirigentes do PMDB e do PSDB estão convencidos de que a candidatura da governadora do Maranhão, Roseana Sarney, não se sustenta até a eleição.


Brizola admite do PFL
O presidente nacional do O PDT, Leonel Brizola, afirmou que a frente trabalhista, coalizão entre PPS, PTB e PDT em favor da candidatura presidencial de Ciro Gomes (PPS-CE), não descarta uma aproximação com o PFL, que rompeu com o governo e, nos bastidores, procura uma alternativa tanto a Roseana Sarney (PFL) quanto a José Serra (PSDB).

Segundo Brizola, que esteve ontem com o presidente da Câmara, Aécio Neves (PSDB-MG), para uma visita de cortesia, o grande objetivo dos três partidos que apóiam Ciro é consolidar a aliança, que ainda precisa ser aprovada pelas convenções nacionais das legendas, em junho. "A partir das convenções, vamos buscar outras forças e por que não o PFL”, disse o pedetista.

Brizola não acredita que o PTB possa vir a abandonar a frente trabalhista para fechar com Serra. O presidente FHC acena com mais espaço no governo para conseguir o apoio do partido para Serra. "O PTB não falhou, tem sido firme e esperamos que continue assim," desdenha Brizola, que aposta que PPS-PTB-PDT têm chances de derrotar o PT.


É hoje o discurso-bomba de Sarney no Senado
Se quiser continuar com a campanha, Roseana deve largar o marido, aconselha o irmão e ex-ministro Zequinha Sarney

O discurso de José Sarney, já adiado por três vezes, promete ser explosivo. Um senador que chegou a ler as 26 páginas do discurso conta que nem mesmo a família do presidente Fernando Henrique será poupada. O ex-presidente deverá bombardear os tucanos e o governo. “Está tudo em português claro”, conta o aliado de Sarney. “Se ele não fizer vai explodir”, completou outro amigo.

“Quando se trata dela (Roseana), ele se transmuta e fica furioso”, garante um amigo.

O discurso vem sendo adiado a pedido do presidente do PFL, Jorge Bornhausen, e da própria governadora. Na semana passada o pefelista desistiu da pressão e avisou que não conseguia convencer Sarney a desistir do pronunciamento na tribuna do Senado.


Editorial

ELEITOR E REFORMA POLÍTICA

A cada período que antecede a escolha dos candidato de sua preferência, seja em âmbito municipal, estadual ou nacional, os eleitores se vêem atônitos diante de troca de ofensas, acusações e denúncias de toda sorte, perseguidas até a última hora e se sobrepondo, muitas vezes, a propostas capazes de serem concretizadas e compatíveis com os programas dos partidos.

Por serem longas, as campanhas eleitorais também acabam por deixar o eleitor com a sensação de cansaço - e descrença, pelo jogo que freqüentemente descamba para o baixo nível, para a falta de argumentos que transmitam a confiança que a sociedade espera poder depositar em quem receberá dela o direito de conduzir o destino de um município, de um estado ou do país.

Ainda mais desalentador é quando o duelo de acusações é feito entre partidos que há bem pouco tempo se cortejavam ou viviam um aparente casamento bem-sucedido. Agora mesmo, às vésperas das eleições para presidente da República, deputados e senadores, o PFL e o PSDB protagonizam um desentendimento que põe fim a uma aliança de sete anos, que talvez tenha durado mais do que o esperado.

Como sempre, no calor das desavenças surgem denúncias de fatos com os quais, na hipótese de serem verdadeiros, o denunciante compactuava. Se não, por que trazê-los a público apenas como munição depois de desfeitos os interesses comuns?

Por tudo isso, o Brasil precisa de reforma política. Uma reforma que já vem sendo desenhada, mas ainda parece distante de se concretizar, pela falta de apoio suficiente. A decisão do Tribunal S uperior Eleitoral de obrigar os partidos que optassem por coligações a fazer as alianças em todos níveis das eleições é um primeiro passo de mudança, porque mina a possibilidade dos acordos somente onde há interesse. Enfim, faz valer a coerência política sobre o jogo de vantagens e conchaves que em nada beneficiam o eleitor.

E sendo ele, eleitor, o maior interessado nas questões que dizem respeito a uma política direcionada aos seus interesses - e não aos de partidos ou de políticos individualmente -, nada mais correto do que se pensar em consultá-lo antes de viabilizar as reformas.


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03/20/2002


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