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PRF faz campanha para verificar e promover saúde de caminhoneiros

A Polícia Rodoviária Federal promove nesta quarta-feira (11), em diversas estradas do País, o 1º Comando Nacional de Saúde em 2011. Por meio da campanha, que faz parte do calendário anual de ações da PRF, são montadas blitzen para verificar a saúde dos caminhoneiros e orientá-los sobre medidas preventivas para uma vida mais saudável e equilibrada. 

No Rio de Janeiro, a ação está sendo realizada, das 9h às 15h, na BR 393, na altura do quilômetro 275, em Barra do Piraí, na região do Médio Paraíba. No local, foram montadas tendas onde uma equipe de profissionais, como médicos, enfermeiros e estudantes da área de saúde, faz exames de glicemia, colesterol, acuidade visual, aferição de pressão, entre outros, nos motoristas profissionais. 

De acordo com a inspetora Marisa Dreys, relações públicas da PRF no Rio, o objetivo é conhecer o perfil de saúde dos motoristas profissionais, detectando fatores de risco, como forma de prevenir e reduzir a ocorrência de acidentes nas estradas. Durante a ação, os caminhoneiros são cadastrados e respondem a uma pesquisa para identificação de pré-disposição a doenças cardiovasculares.  Ao final do atendimento, os participantes recebem um lanche, brinde e kit com folhetos informativos. 

“Queremos saber que fatores de risco podem prejudicar o trabalho deles, como a visão, a pressão alta, o nível de glicose, que são fatores que podem contribuir para uma condição pior de dirigibilidade. A partir desse perfil, então, os profissionais orientam e, quando necessário, encaminham os motoristas a um acompanhamento médico mais prolongado”, explicou. 

Segundo a inspetora Marisa, a avaliação dos resultados de ações semelhantes realizadas em anos anteriores revela que mais da metade dos caminhoneiros sofre com sobrepeso e tem pressão alta. 

“A preocupação com isso é muito grande porque são profissionais que dirigem veículos muito pesados e quando se envolvem em acidentes, geralmente, são acidentes muito graves”, acrescentou. 

Para o presidente do Sindicato de Transportadores Rodoviários Autônomos do Rio de Janeiro (Sindicam), Nélio Botelho, a iniciativa é importante porque ajuda a alertar os profissionais sobre os cuidados com a saúde. Ele ressaltou, no entanto, que há muitos fatores externos que também contribuem para as condições de dirigibilidade. 

“Desempenhar a atividade de caminhoneiro no Brasil é muito singular. Ainda estamos numa fase de um submundo. As estradas não estão em condições, não temos oferta de serviços de alimentação, higiene e tratamento médico capazes de nos dar tranquilidade. Além disso, com os altos custos de frete, muitos caminhoneiros se veem obrigados a cumprir longas jornadas de trabalho”, disse. 

De acordo com o Sindicam existem cerca de 2,3 milhões de caminhoneiros no País. 

Fonte:
Agência Brasil

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