Produção industrial acelera e tem o melhor resultado de março
A produção industrial avançou 0,5% na comparação entre fevereiro e março de 2011, acumulando ganho de 2,8% em três meses de expansão. Esse resultado indica uma aceleração no ritmo produtivo acompanhada desde janeiro.
Com esses resultados, o patamar de produção de março de 2011 alcançou o ponto mais elevado desde o início da série histórica. Os dados da Pesquisa Industrial Mensal Produção Física foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta terça-feira (3).
Ao fechar os três primeiros meses deste ano, o setor industrial cresceu 2,3% frente a igual período do ano anterior, e a maior contribuição foi do setor de fabricação de veículos automotores, com acréscimo de 10,0%: houve expansão em 83% dos produtos pesquisados, com destaque para automóveis, caminhões, veículos para transporte de mercadorias e caminhão-trator. A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos 12 meses, permaneceu positiva (6,8%), mas prosseguiu com a redução no ritmo de crescimento iniciada em outubro do ano passado.
O aumento no ritmo de atividade em março frente a fevereiro foi observado em 13 dos 27 setores pesquisados. Entre os setores que aumentaram a produção em março, o maior destaque foi para material eletrônico e equipamentos de comunicações (10,1%), máquinas e equipamentos (1,8%), calçados e artigos de couro (9,2%), outros equipamentos de transporte (3,6%), produtos de metal (2,5%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (2,9%).
A principal pressão negativa ficou com o setor de alimentos (-3,9%), seguido por equipamentos médico-hospitalares, ópticos e outros (-9,2%), indústrias extrativas (-1,9%), perfumaria, sabões e produtos de limpeza (-6,0%) e bebidas (-2,8%).
Entre as categorias de uso, ainda na comparação com fevereiro, os setores produtores de bens de consumo duráveis (4,1%) e de bens de capital (3,4%) registraram as taxas mais elevadas.
O primeiro eliminou a perda de 1,1% observada no mês anterior, e o segundo acumulou ganho de 7,4% em três meses consecutivos de expansão. Estes segmentos atingiram o patamar mais elevado desde o início da série histórica. A produção de bens de consumo semi e não duráveis também cresceu (1,0%), mas o setor de bens intermediários (-0,2%) apontou o único resultado negativo de março, após crescer 1,3% em fevereiro.
Primeiro recuo desde 2009
Apesar do crescimento, comparada com março de 2010, a produção do mês mostrou recuo de 2,1%, primeiro resultado negativo desde outubro de 2009, o que interrompeu 16 meses seguidos de taxas positivas. A ocorrência de dois dias úteis a menos do que em 2010 também influenciou o resultado, segundo o IBGE.
O índice foi pressionado pela queda na produção em todas as categorias de uso, em 17 das 27 atividades, em 40 dos 76 subsetores e em 53% dos 755 produtos pesquisados.
Entre os setores, as maiores influências negativas sobre a taxa global vieram de outros produtos químicos (-8,6%), edição e impressão (-12,9%), têxtil (-15,7%), bebidas (-9,7%), máquinas para escritório e equipamentos de informática (-14,8%) e alimentos (-2,1%). Veja mais resultados da pesquisa mensal na página do instituto.
Fonte:
IBGE
03/05/2011 12:59
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