Profissionais de educação debatem desafios do Pronatec



Evasão, preparação adequada para o mercado de trabalho, estágios em cursos técnicos de saúde e atendimento aos egressos da educação de jovens e adultos. Esses temas fazem parte das inquietações dos segmentos envolvidos no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). Eles foram apresentados no segundo dia do encontro que reúne, em Brasília, entidades que pedem a abertura de cursos e vagas, instituições responsáveis pela formação de trabalhadores e representantes do Ministério da Educação. O encontro tem encerramento nesta quarta-feira (27).

Condutor do painel que reuniu, na terça-feira (26), cerca de 500 responsáveis pela execução do Pronatec, o diretor de integração das redes de educação profissional e tecnológica do MEC, Marcelo Feres, considera bem-vindas a dúvidas apresentadas. Ele explica que o programa é novo e está em fase de aprimoramento e de expansão. “Discutir, avaliar e propor melhorias são as metas do painel”, disse.

De acordo com Feres, o programa está presente em cerca de 3,3 mil municípios. Isso significa que as redes envolvidas na oferta de educação profissional chegaram, em dois anos, a mais de 50% das cidades brasileiras. “Atendemos o público nas diversas realidades do Brasil, mas avançamos com um único Pronatec. É uma conquista”, afirmou.

Evasão 

A evasão escolar, especialmente nos cursos de formação inicial e continuada, com carga horária mínima de 160 horas, está na ordem do dia tanto nas redes públicas federal e estaduais quanto no Sistema S. Gestora do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), Rejane Leite afirma que o índice de evasão nos cursos ministrados pela entidade chega a 17%, considerado muito alto. Com 568 unidades próprias para oferta de cursos, o Senac pretende matricular 550 mil jovens e adultos no próximo ano nas áreas de gestão e negócios, ambiente e saúde, turismo, hospitalidade e lazer.

Desafio

Oferecer cursos qualificados de educação profissional a 6,6% de concluintes do ensino médio que não chegam à educação superior é um problema a ser superado. “O desafio é abrir vagas, preenchê-las e levar boa formação a esses milhares de jovens”, diz Felipe Morgado, gerente de planejamento do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Em 2012, a entidade registrou 304 mil matrículas em cursos do Pronatec e chegou a 548 mil este ano. A meta para 2014 é alcançar 736,3 mil. O Senai tem unidades em 1.675 municípios.

Estados

Diferente da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica e do Sistema S, a rede pública de educação profissional nos estados relata dificuldades na execução do Pronatec. O representante dessa rede, Marco Antônio Brandão, diz que 16 estados participam do programa este ano, mas alguns não conseguiram executar uma vaga sequer por falta de pessoal qualificado e de estrutura.

As redes estaduais reivindicam a cobertura de gastos com estágios, que hoje inviabilizam os cursos ministrados. De acordo com Brandão, cursos técnicos em saúde, engenharias e artes não podem ser ofertados sem garantias de estágio, mas os estados não têm como cobrir esses custos.

Defesa 

O Ministério da Defesa revela que, a cada ano, 90 mil jovens que concluem o serviço militar precisam de formação profissional. Para 2014, o órgão espera a abertura de vagas em cursos do Pronatec para 15 mil egressos do Exército, 3 mil da Aeronáutica e a 1,5 mil da Marinha.

Esses números são mínimos diante dos 2 milhões de jovens que ao completar 18 anos apresentam-se anualmente nas juntas do serviço militar. Apenas 90 mil são selecionados.

Fonte:
Ministério da Educação



28/11/2013 12:32


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