Profissionais do turismo serão vacinados contra o sarampo e a rubéola antes da Copa
O Brasil vai reforçar a vacinação de trabalhadores do setor turístico (aeroportos, motoristas de táxis, restaurantes, hotéis, por exemplo) contra o sarampo e rubéola nas cidades-sede do mundial de Futebol. “Nossa preocupação é evitar que estas doenças, que foram eliminadas no Brasil, sejam reintroduzidas, pois os agentes circulam em outros continentes, como na Europa. Por isso, é importante intensificar as ações estratégicas como essa, já que esses profissionais entram em contato frequentemente com os turistas estrangeiros”, explicou o coordenador de Vigilância e Resposta à Emergência em Saúde Pública da Secretaria de Vigilância em Saúde Pública do Ministério da Saúde, Wanderson Kléber de Oliveira.
A ação foi anunciada durante o V Encontro da Câmara Temática de Saúde para a Copa 2014 - I Reunião Latino-Americana de Ações da Saúde de Eventos de Massa, realizado esta semana em Brasília.
O encontro discutiu estratégias de controle de doenças e ações de vigilância em saúde. De acordo com Wanderson Oliveira, que também apresentou no evento a experiência do Brasil na organização dos V Jogos Mundiais Militares, a ação faz parte de um plano de vigilância em saúde que o ministério elabora em conjunto com as cidades-sede. “Pretendemos reforçar a imunização destes trabalhadores a partir de 2012, antes da Copa das Confederações (2013)”.
Em 2010, o Brasil conquistou a certificação de erradicação do sarampo e de eliminação da rubéola e da síndrome da rubéola congênita, concedido pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Não há registro de circulação do vírus autóctone do sarampo há 10 anos, havendo apenas registros de casos importados. Somente neste ano, 98% das crianças entre um e menos de sete anos de idade foram vacinadas contra o sarampo. No caso da rubéola, desde 2008 não há circulação do vírus e neste mesmo ano o País realizou uma das maiores campanhas realizando a vacinação de cerca 70 milhões de pessoas até 39 anos de idade.
Doenças
O sarampo é uma doença aguda, altamente contagiosa, transmitida por vírus. Os sintomas mais comuns são febre, tosse seca, exantema (manchas avermelhadas), coriza e conjuntivite. A transmissão ocorre de pessoa a pessoa, por meio de secreções expelidas pelo doente ao tossir, falar ou respirar. O período de transmissão varia de quatro a seis dias antes do aparecimento do exantema até quatro dias após o surgimento das manchas. A vacina é o meio mais eficaz de prevenção.
Jà a rubéola é uma doença transmitida por vírus e seus sintomas mais comuns são febre e exantema, inflamação de gânglios e artralgia. O período de transmissão é de cinco a sete dias do aparecimento de manchas avermelhadas. A transmissão ocorre de pessoa a pessoa por meio de secreções expelidas pelo doente ao tossir, falar e respirar. Outra forma de transmissão é por via sanguínea, o que ocorre somente quando mulheres grávidas adoecem e transmitem para o feto. A infecção na gravidez acarreta inúmeras complicações para os recém-nascidos, como malformações congênitas, principalmente cegueira e surdez, denominada Síndrome da Rubéola Congênita. A vacinação de mulheres em idade fértil é o meio mais eficaz de prevenção contra essa doença.
Fonte:
Ministério da Saúde
15/12/2011 16:29
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