Programa socioambiental no Rio Paraná é destaque na Subcomissão da Água



Os senadores da Subcomissão Permanente da Água, que funciona no âmbito da Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA), conheceram detalhes do programa “Cultivando Água Boa”, durante audiência pública, nesta quarta-feira (08).

Segundo o presidente do Instituto Superior de Administração e Economia da Fundação Getulio Vargas, Norman de Paula Arruda Filho, que participou do debate, iniciativas socioambientais desenvolvidas na bacia hidrográfica do Paraná têm dados resultados fantásticos.

O projeto ambiental faz parte de uma das ações desenvolvidas pela Itaipu Binacional, usina hidrelétrica localizada no Rio Paraná, no trecho de fronteira entre o Brasil e o Paraguai. O programa desenvolve iniciativas de sustentabilidade socioambiental em 29 municípios da área de influência da usina e parte do reconhecimento de que a água é um recurso universal e, portanto, um bem pertencente a todos.

De acordo com Norman Filho, “o programa promove o desenvolvimento regional de maneira sustentável, é socialmente educativo, inova nas questões ambientais e é economicamente viável”. Ele acrescentou que o “Cultivando Água Boa” é complexo devido ao número de projetos que comporta, mas simples porque tem a participação de vários parceiros e colaboradores. E assegurou que o fator chave que possibilita o sucesso da ação é tornar a população protagonista do processo.

– O programa é referência. É um dos grandes programas globais, em termos de exemplo vivo e claro da aplicabilidade dos princípios da Organização das Nações Unidas, aplicados a esta região. Seja no viés da educação, da sustentabilidade ou ambiental. Tem sido grande propulsor do desenvolvimento regional – classificou Norman Filho.

Para o diretor de Coordenação Ambiental da Itaipu Binacional, Nelton Friedrich, o projeto é um movimento de participação permanente da sociedade, com “responsabilidade compartilhada”, que evolve a atuação do governo, empresas privadas, instituições de ensino, ONGs e principalmente do cidadão.

Durante sua apresentação ele destacou diversas ações desenvolvidas no projeto, dentre elas, a coleta solidária e a criação de cisternas em escolas públicas. Ele informou que a Itaipu Binacional mantém e conserva 43 mil hectares de reserva e refúgios biológicos, plantou 43 milhões de mudas na bacia, tendo um total de 104,340 hectares de área protegida. Em sua opinião, os trabalhos sociais desenvolvidos mudam o olhar social da população.



08/08/2012

Agência Senado


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