Programas do MEC investem no desenvolvimento das escolas rurais



O ensino em ambiente rural tem algumas peculiaridades. Na maioria dos casos, os alunos vivem em locais distantes das escolas – que lidam com poucos alunos e têm maiores dificuldades no acesso às novas tecnologias.

Para dar contas dessas demandas específicas, o Ministério da Educação (MEC) mantém uma série de programas para as escolas de unidades rurais e de povos da floresta, ribeirinhos, quilombolas, pescadores e assentados da reforma agrária. Conheça sete iniciativas.

Procampo

Por meio do Programa de Apoio à Formação Superior em Licenciatura em Educação do Campo, o MEC repassa recursos para a implantação de cursos regulares de licenciatura. A prioridade é atender professores dos anos finais do ensino fundamental e do ensino médio, sem licenciatura, que trabalham em escolas no campo.

De 2013 a 2015, universidades e institutos federais devem abrir 14.850 mil vagas. O projeto pedagógico da licenciatura deve ter períodos intensivos de formação presencial dentro do campus e períodos intensivos de formação presencial nas comunidades onde o educador leciona.

O currículo é multidisciplinar, contendo cinco áreas: linguagens e códigos; ciências humanas e sociais; ciências da natureza; matemática; ciências agrárias.

Pronacampo 

Lançado em 2012, o Programa Nacional de Educação do Campo tem como objetivo promover gestão e práticas pedagógicas, formação de professores, educação de jovens e adultos e educação profissional e tecnológica. O Pronacampo atende escolas rurais e quilombolas com ações em quatro eixos: gestão e práticas pedagógicas; formação de professores; educação de jovens e adultos; educação profissional e tecnológica. 

Proinfo 

O atendimento do Programa Nacional de Tecnologia Educacional (Proinfo) está sendo ampliado a 35.440 escolas do campo, localizadas em 4.112 municípios do País. A iniciativa faz parte das metas do Pronacampo e prevê a entrega de computadores portáteis a 50 mil estudantes de 4.890 escolas de pequeno porte, por meio do programa Um Computador por Aluno.

Serão distribuídos, ainda, computadores interativos para 30.255 escolas, além de cinco mil laboratórios de informática, em 3.913 escolas, que atenderão quase 983 mil estudantes.

Escola da Terra 

Lançado em julho de 2013, o programa vai oferecer capacitação especial para professores de escolas rurais e quilombolas. Eles vão receber materiais didáticos dedicados à cultura das comunidades locais, para que o ensino de dentro da sala de aula dialogue com a realidade em que os estudantes estão inseridos.

A ação integra o Programa Nacional de Educação do Campo (Pronacampo) e será executada pelas secretarias municipais e estaduais de Educação, em parceria com universidades federais. Os educadores e tutores passarão por curso de aperfeiçoamento, com carga horária mínima de 180 horas. A formação compreende um período de frequência no curso, denominado tempo-universidade, e outro para as atividades realizadas em serviço (escola-comunidade).

Mais Educação

Em 2012, as escolas públicas do campo participaram do programa de educação integral, que, nas áreas urbanas, começou em 2008 e hoje está presente em 19.622 mil unidades escolares. O MEC pré-selecionou 14,5 mil escolas do campo passíveis de atendimento, com o objetivo de oferecer educação integral em 5 mil estabelecimentos distribuídos entre municípios dos 26 estados e no Distrito Federal.

Dinheiro Direto na Escola

Em 2011, cerca de R$ 8,5 milhões do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) foram repassados a escolas públicas de educação básica com menos de 50 alunos, nos seguintes estados: Acre, Amazonas, Tocantins, Ceará e Maranhão.

A resolução 32 do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação estabelece que as escolas públicas de educação básica podem requisitar até R$ 15 mil, sendo 70% destinados a custeio e 30% a capital. Em termos de custeio, as escolas podem usar os recursos para obras de reparos. O item capital é voltado para equipamentos para cozinha, bomba elétrica para poços artesianos ou cisternas e mobiliário escolar – carteiras e mesas para alunos e professores, armários e estantes.

Programa Nacional do Livro Didático no Campo

É a primeira vez que o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) distribui material didático específico para estudantes de escolas do campo, com abordagem da realidade social, cultural, ambiental, política e econômica da população das áreas rurais. As obras compreendem matemática, letramento e alfabetização, língua portuguesa, ciências, história e geografia.

São atendidas pelo PNLD-Campo escolas públicas rurais com até 100 alunos do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental. Serão cerca de 12,4 milhões de livros didáticos para 3 milhões de alunos, em 73 mil escolas rurais.

Fonte:
Portal Brasil
Ministério da Educação 
Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão
Ministério do Desenvolvimento Agrário
Censo Escolar



16/03/2014 10:35


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