Projeção para crescimento do crédito em 2011 chega a 15%, diz Banco Central



O Banco Central (BC) divulgou nesta terça-feira (28) o aumento da projeção para crescimento do saldo do crédito do sistema financeiro neste ano. Segundo o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, a estimativa passou de 13% para 15%.

A previsão para o crédito com recursos livres (operações com taxas de juros livremente definidas entre os clientes e as instituições financeiras) subiu de 11% para 14%. Segundo Maciel, teve mais peso nesta revisão a expectativa do crédito para as empresas do que para as famílias. Isso porque, em dezembro de 2010, o BC anunciou medidas de restrição ao crédito para as pessoas físicas e tirou dinheiro de circulação ao aumentar os depósitos compulsórios dos bancos.

No caso do crédito com recursos direcionados (operações feitas com taxas ou recursos estabelecidos em normas governamentais, destinadas basicamente aos setores rural, habitacional e de infraestrutura) houve redução na estimativa de crescimento neste ano de 19% para 17%.

A expectativa do BC é que o volume de crédito dos bancos públicos cresça 15% neste ano, e não mais 14%. No caso dos bancos nacionais privados, a estimativa foi revisada de 13% para 15%. A previsão de crescimento do crédito dos bancos privados estrangeiros passou de 11% para 16%.

O BC manteve em 48% a projeção do saldo do crédito em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no País.

Em maio, o saldo das operações de crédito do sistema financeiro chegou a R$ 1,804 trilhão, alta de 1,6% no comparação com abril. Nos 12 meses encerrados em maio, o crescimento chegou 20,4%. Esse volume representou 46,9% do PIB.

Segundo Maciel, as dados do crescimento do saldo do crédito em 12 meses estão “carregados” pelos aumentos registrados no ano passado. Para este ano, expectativa dele é que haja expansão moderada do crédito. “Em 2010, houve aumento expressivo mês a mês, principalmente no segundo semestre. Isso carregou a análise em 12 meses. À medida que os meses avancem no segundo semestre, esse crescimento do estoque diminui”.


Junho

Para ele, os dados preliminares deste mês já indicam redução no ritmo de crescimento do crédito. Até o dia 13 de junho, a média diária geral de concessões de crédito caiu 4,6%, na comparação com igual período de maio. Nessa mesma comparação, a concessão para empresas caiu 8,8%, mas para famílias houve aumento de 0,2%. Já o volume de crédito subiu 1,4% nos dados preliminares de junho, com aumento de 1,9% para pessoas físicas e de 0,9% para empresas.

Em relação a maio, a taxa de juros anual em junho subiu de 46,8% para 47,6% para pessoas físicas, e de 31,1% para 31,4% para empresas.


Fonte:
Agência Brasil



28/06/2011 16:27


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