Queda da inflação semanal perde força, indica FGV



O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), medido pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV), teve deflação de 0,08% no encerramento de agosto. Essa taxa indica perda na velocidade de queda de preços, uma vez que na apuração anterior a variação havia sido de -0,17%. No acumulado do ano, o IPC-S aumentou 3,34% e nos últimos 12 meses, 4,07%.


O grupo dos alimentos foi o que apresentou maior movimento de recuperação de preços. A taxa passou de -0,94% para -0,64%, sob a influência das hortaliças e dos legumes (de -7,94% para -6,76%) e das frutas (de -2,58% para -2,46%).


Também continuaram em queda os preços do grupo vestuário, com variação de -0,40%, porém, em ritmo inferior ao da medição passada (-0,84%).


Em saúde e cuidados pessoais, o índice aumentou de 0,17% para 0,25%, puxado pelas correções nos medicamentos. Em habitação, os preços subiram 0,26% ante 0,23%, refletindo, principalmente, o aumento de preços dos móveis.


A taxa do grupo despesas diversas ficou em 0,09%, inferior ao resultado da terceira prévia de agosto (0,47%). Neste caso, a influência foi exercida pelos cigarros, cujo índice passou de 0,72% para uma estabilidade nos preços. Também houve diminuição na velocidade de alta em transportes (de 0,23% para 0,15%), com destaque para o álcool combustível, que ficou em média 3,16% mais caro, ante 5,11%.


Em educação, leitura e recreação ocorreu queda mais acentuada (de -0,05% para -0,07%), provocada pelo barateamento dos cursos de informática (de 0,21% para -0,37%).


Segundo a FGV, os principais itens que colaboraram para a pressão inflacionária são: alho (de 11,22% para 6,01%), taxa de água e esgoto residencial (de 0,74% para 1,04%), plano e seguro-saúde (de 0,49% para 0,46%), refeição em restaurante (de 0,26% para 0,82%), e pão francês (de 1,01% para 1,25%).


Ajudaram a manter a média de preços negativa os seguintes produtos: batata-inglesa (de -29,76% para -24,21%), mamão papaia (de -21,89% para -19,31%), cebola (de -20,36% para -28,65%), feijão-carioquinha (de -7,95% para -8,99%) e cenoura (de -9,82% para -11,95%).


Fonte:
Agência Brasil

 



01/09/2010 16:58


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