Randolfe elogia a disposição de Agnelo abrir sigilos; Carlos Sampaio discute com governador do DF
O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) elogiou a disposição do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, do PT, de colocar à disposição da CPI mista do Cachoeira os seus sigilos bancário, fiscal e telefônico, e disse ser inevitável que na reunião administrativa da quinta-feira os sigilos do governador de Goiás, Marconi Perillo, do PSDB, também sejam quebrados.
Ao iniciar a rodada de pergunta dos parlamentares – há quase 40 inscritos – o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), entretanto, lembrou que Perillo se voluntariou para vir à CPI, coisa que Agnelo não fez, e afirmou que os sigilos de Agnelo já foram quebrados em procedimentos investigatórios em curso, e se isso é fato, “ele retira a nobreza do gesto” de oferta dos sigilos, pois seria só pedir o compartilhamento de dados com a CPI.
O questionamento sobre quem o convidou para visitar a empresa Vitapan gerou um debate duro entre Carlos Sampaio e Agnelo. Ao afirmar que foi a empresa “pessoa jurídica”, e não uma pessoa específica a responsável pelo convite para a visita, o deputado Carlos Sampaio, exaltado, pediu nomes. Agnelo também negou ter almoçado com Cláudio Abreu, ex-dirigente da empresa Delta no Centro-Oeste, como sugerem as interceptações eletrônicas realizadas pela Polícia Federal.
Os parlamentares seguiram fazendo perguntas a respeito da compra da casa do governador Agnelo Queiroz, no valor de R$ 400 mil. Eles o questionarem pelo fato de a juíza Priscila Faria da Silva de não considerar os documentos apresentados pelo governador suficientes para comprovar a capacidade de pagamento do negócio. Agnelo disse ter provado por meio de auditoria em seu Imposto de Renda sua capacidade de lastro e pagamento com recursos próprios, e encaminhou o documento ao presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB).
13/06/2012
Agência Senado
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