Raupp pede recursos e execução de obras em rodovias de Rondônia
O senador Valdir Raupp (PMDB-RO) fez, nesta terça-feira (24), um relato da situação das rodovias e pontes em seu estado. O parlamentar pediu recursos e providências para aquelas em má situação e mencionou as obras para as quais tem dedicado emendas ao Orçamento da União.
O parlamentar começou por se referir à BR-080, que sai do Planalto Central; passa por Goiás, Tocantins, Mato Grosso; entra em Rondônia e vai até a fronteira do estado com a Bolívia, em Guajará-Mirim. A rodovia tem alguns trechos já implantados.
- A população aguarda ansiosamente a implantação definitiva da BR-080, que vai significar muito para a Região Norte, em especial para o meu estado - disse Raupp.
Segundo o senador, outra rodovia importante, embora curta, é a BR-425, que vai de Abunã, no entroncamento da BR-364, até Guajará-Mirim, passando por Nova Mamoré. Liga Rondônia à Bolívia. Dela faz parte uma ponte binacional, dando acesso à travessia de Rondônia e, depois, prosseguindo até a cidade de La Paz e aos portos do Chile, Arica e Iquique.
- Espero que o governo do presidente Lula, que assumiu o compromisso de fazer o projeto executivo, já aprovado também no Congresso Nacional, execute ou, pelo menos, inicie sua execução ainda antes do final do governo - reivindicou o senador.
A BR-421 sai de Ariquemes, a terceira maior cidade de Rondônia, e faz ligação com Campo Novo de Rondônia. Essa localidade tem reclamado a pavimentação de 80 quilômetros que faltam ainda para interligá-la aos municípios de Ariquemes e Monte Negro.
Já a BR-174 liga Vilhena (RO) a Juína (MT). Raupp disse que, quando era governador, fez obras de conservação em trechos dessa e das outras BRs, tendo iniciado a pavimentação da 174.
- De lá para cá, e já vai para 12 anos, não se asfalta mais nenhum metro dessa BR. Peço ao Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT) que comece a se preocupar a tratar também com atenção a BR-174 - apelou o senador.
A BR-364 é considerada por Raupp "a espinha dorsal de Rondônia". Vai de Cuiabá (MT) até a divisa de Rondônia com o Acre. Depois de mudar de número, dá acesso também ao Oceano Pacífico, aos portos de Hilo e Matarani, no Peru. Neste momento, está sendo pavimentada no trecho peruano. No futuro, será uma rodovia binacional, ou bioceânica, destinada a ligar os portos do Oceano Atlântico com os portos do Oceano Pacífico.
- Essa BR precisa, no trecho de Rondônia, de uma restauração completa, de Vilhena até à divisa do estado do Acre - reivindicou o senador, que descreveu a rodovia como um corredor de exportação por transportar, além de mercadorias, produtos oriundos de São Paulo e de outros estados brasileiros, para a Zona Franca de Manaus, além de quase toda a soja produzida no Mato Grosso e no sul de Rondônia.
Ainda na BR-364, o parlamentar chamou a atenção para a ponte do Abunã, pois tem trazido muito transtorno no acesso ao estado do Acre. A obra vai custar em torno de R$ 120 milhões.
- A ponte já está contratada, com pequeno problema de adequação de projeto. Eu espero que esse projeto seja adequado o mais rápido possível para que a obra tenha andamento - comentou.
A BR-319 liga Rondônia, desde Porto Velho, à cidade de Manaus (AM). No passado, a rodovia foi pavimentada, mas acabou abandonada, porque, como se localiza em uma região muito baixa, deteriorou-se e não foi reparada em alguns trechos. O Ministério dos Transportes estaria se dedicando à restauração dessa BR, inclusive com a construção da ponte sobre o Rio Madeira, em Porto Velho. O presidente Lula, quando esteve em Manaus, assumiu compromisso de fazer a ponte sobre o Rio Solimões até a capital amazonense. A rodovia segue para Roraima e Venezuela, interligando o Brasil ao Caribe.
Uma das BRs "mais problemáticas do estado", a 429, nasce em Presidente Médici e liga Rondônia à Bolívia. A BR foi iniciada por Raupp, que construiu naquela rodovia "a maior ponte do estado de Rondônia", com mais de 320 metros de extensão, ligando Presidente Médici a Alvorada D'Oeste.
- Asfaltei 20 quilômetros, mas não pude continuar porque o estado não tem recursos, principalmente para pavimentar uma BR federal. De lá para cá, não andou muito mais também - contou o senador. Ele informou que, agora, foram licitados, com recursos propostos pela deputada Marinha Raupp (PMDB-RO), 17 quilômetros que faltam para ligar Presidente Médici a Alvorada D'Oeste, obra já licitada.
- Para nossa alegria e nossa satisfação, ontem (segunda-feira) foi aberta a licitação do trecho de Alvorada D'Oeste a Costa Marques, que passa por São Miguel do Guaporé, Seringueiras, São Francisco do Guaporé e São Domingos - descreveu Raupp.
Como informou o senador, a população ao longo dessa BR tem enfrentado períodos de inverno muitas vezes sem combustíveis, gás e gêneros alimentícios.
Construído pelo governo Raupp juntamente com o grupo Maggi, o porto graneleiro de Porto Velho também necessita de reparos, de acordo com o senador. O recapeamento foi feito há 20 anos, "com um superficial duplo, asfalto de não muito boa qualidade".
O parlamentar do PMDB frisou que tem feito emendas ao Orçamento para as travessias urbanas, as vias marginais das BRs, quando estas passam por dentro de uma cidade. Ele mencionou as que passam por Vilhena, Pimenta Bueno, Cacoal, Presidente Médici, Ji-Paraná, Jaru, Ouro Preto, Ariquemes, Itapoã e Porto Velho.
- Nas demais cidades, onde não tem obra em andamento, nós estamos colocando recursos neste ano para iniciar os projetos, como na cidade de Presidente Médici e Ouro Preto, que são as duas cidades em que ainda faltam essas travessias - adiantou o parlamentar.
24/06/2008
Agência Senado
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