Reajustes tiveram alta, inclusive, nos contratos de aluguéis



A alta do preço ao produtor reflete outros setores da economia e atinge diretamente  às famílias desde o aluguel até as compras em supermercados.

O Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), vinculado à Fundação Getulio Vargas (FGV), divulgou nesta quinta-feira (30), índices da economia do País. O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP –M), o Indíce de Preço ao Consumidor (IPC) e o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), tiveram variação com aumento em relação a julho.

O IGP-M, é usado em reajuste de contratos de aluguel, este mês apresentou alta de 1,43%.  No mesmo período de julho do ano anterior houve variação de 0,44%. O aumento dos contratos de aluguéis se deve por conta da variação do IPC– preços entre varejo e consumidor. Esse aumentou influenciou a alta no grupo de habitação, que variou de 0,18% para 0,29%. Outros itens que ficaram mais caros foram os móveis para residência, cuja variação passou de -0,37% para 0,53%.

Os preços de produtos de supermercado, a água e a luz, por exemplo, são calculados pelo IPC. A relação entre o varejo e as famílias subiu 0,33%, no mês anterior, que era de 0,25%.

O índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que registra as variações de preços de produtos agropecuários e industriais nas transações interempresariais, teve alta de 199% no mês de agosto, enquanto, a taxa foi de 1,81%, em julho. O IPA é a relação entre atacadistas/indústria e varejistas, ou seja, cálculo dos preços antes de chegar até as famílias. Possivelmente quando essa cadeia de valor apresenta variação, o consumidor final também sofre mudanças por meio do IPC.

A primeira conclusão que tiramos é que qualquer elevação nos custos dos atacadistas/indústrias serão repassados aos varejistas, ocasionando alta no IPA. Também, por obviedade, os varejistas, ao comprarem mais caro dos atacadistas, repassarão esse aumento aos seus clientes, as famílias, elevando os IPC’s.

Índice de preço de outros produtos também sofreram alterações

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), relativo a materiais, equipamentos e serviços registrou variação de 0,36%. No mês anterior, a taxa havia sido 0,63%. Em agosto, a variação de 0,32%, abaixo do resultado de julho, de 0,85%.

Em agosto, o índice dos bens intermediários (Bens manufaturados ou matérias-primas processadas empregadas na produção de outros bens)  variou 0,83%. No mês de julho, a taxa havia sido de 1,34%. O subgrupo materiais e componentes para a manufatura foi o principal responsável pela desaceleração do grupo, pois passou de 1,36% para 0,59%.

O índice de matérias-primas brutas variou 4,92% em agosto. Em julho, o índice registrou variação de 3,31%. Os principais responsáveis pela aceleração desse grupo foram o milho em grão (6,74% para 20,33%), as aves (0,84% para 11,18%) e os suínos (-2,98% para 26,69%).

Registraram desaceleração o minério de ferro (1,49% para -3,35%), a soja em grão (14,89% para 10,72%) e os bovinos (-0,32% para -1,20%).

Leia mais:

Como o País enfrentou a crise financeira que atingiu diversos países a partir de 2008, ao estimular o mercado consumidor interno.

Inflação medida pelo IGP-10 registra aumento no mês de agosto

Índice que reajusta contratos de aluguel registra queda em junho

Fonte:

Fundação Getúlio Vargas                 

 



30/08/2012 19:19


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