Rebanhos de 20 estados e DF devem ser vacinados contra aftosa em novembro



Todo o rebanho de bois e búfalos do Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, São Paulo e Sergipe será vacinado contra a febre aftosa entre os dias 1º e 30 de novembro.  

No Amapá, como é realizada diretamente pelo serviço veterinário oficial, a vacinação foi antecipada e está prevista para terminar em 3 de dezembro.  

Em Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Tocantins, o pecuarista precisa aplicar a dose desta etapa apenas nos animais que ainda não completaram 24 meses. No total, mais de 151,8 milhões de cabeças serão imunizadas nesses estados.  

O coordenador do Programa Nacional de Erradicação e Controle da Febre Aftosa do Ministério da Agricultura, Plínio Lopes, lembra que a vacinação é essencial para manter o País livre da doença.  

“A estratégia de campanha adotada pelo Ministério da Agricultura está muito bem articulada e os produtores devem cumprir o calendário e comunicar a vacinação ao serviço veterinário oficial do estado para que a defesa agropecuária tenha pleno controle das ações”, explica.  

Por ser uma área de difícil acesso, os produtores do Pantanal sul-matogrossense precisam realizar procedimento diferente. Esses produtores aplicam a vacina nos animais apenas em uma das duas fases da campanha. Os que optaram pela segunda, têm  15 dias a mais para concluir a vacinação, até 15 de dezembro. Pelos mesmos motivos, os produtores do Pantanal matogrossense têm também até 15 de dezembro para concluir a vacinação.

Confira o calendário da Campanha Nacional de Vacinação de Febre Aftosa 2010.

 

Doença não aparece há quase 5 anos

O Brasil não registra casos de febre aftosa há quase cinco anos. Atualmente, 14 estados – Acre, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo, Sergipe e Tocantins – e o Distrito Federal são reconhecidos pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como áreas livres da doença com vacinação.

O centro-sul do Pará (46 municípios) e as cidades de Boca do Acre e Guajará, no Amazonas, também compõem esse grupo. O rebanho de Santa Catarina é o único que não precisa mais ser vacinado, por ser reconhecido internacionalmente como livre de febre aftosa sem vacinação.

No Nordeste, os estados de Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte são considerados de médio risco para a doença, assim como o restante não livre do estado do Pará. 

Em outubro deste ano, Amazonas e Amapá passaram de risco desconhecido para alto risco de aftosa, juntando-se a Roraima, de acordo com a classificação do Ministério da Agricultura. 

O rebanho brasileiro é composto por 203 milhões de bovinos e pouco mais de um milhão de búfalos. Quase 90% desse total estão em áreas consideradas livres de febre aftosa com ou sem vacinação. Mato Grosso abriga a maior quantidade de animais, 27,2 milhões, seguido por Minas Gerais, com 22,5 milhões e por Mato Grosso do Sul, com 21,4 milhões.

A febre aftosa é uma das enfermidades causada por vírus que pode atingir bovinos, búfalos, ovinos, caprinos e suínos, além de veados, cervos e camelos.

A doença é altamente contagiosa e causa importantes perdas econômicas. Porém, não é transmitida ao ser humano. A aftosa pode provocar alta mortalidade em animais jovens devido à miocardite. Os sintomas são febre e vesículas (bolhas) na boca, narinas, focinho, tetas e pés dos animais de casco fendido.

Fonte:
Ministério da Agricultura



26/10/2010 18:38


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