Rede de transmissão supera 107 mil quilômetros



A rede de transmissão de energia elétrica no Brasil é de 107,4 mil quilômetros de extensão – distância equivalente a mais de duas vezes e meia a circunferência da Terra.

A grande extensão do sistema brasileiro se explica pela dimensão continental do País e pelas características de sua evolução, com as maiores e mais importantes usinas hidrelétricas localizadas a distâncias consideráveis dos centros consumidores. 

As empresas do sistema Eletrobrás são proprietárias de cerca de 60 mil quilômetros de linhas desse sistema, considerando a rede básica, formada por sistemas de alta tensão (230 mil volts ou mais) e pelas demais instalações de transmissão (rede que operam nas tensões entre 69 mil volts e 138 mil volts).

Depois de deixar a usina, independentemente do tipo da fonte geradora, a energia elétrica trafega em tensões que variam de 13,8 mil volts a 750 mil volts. Nas subestações localizadas nas cidades, a tensão é rebaixada e, depois, por meio de um sistema composto por fios, postes e transformadores, a energia segue para as casas e os prédios em 127 volts ou 220 volts. 

Até 1999, o Brasil possuía basicamente dois subsistemas independentes, o Sul-Sudeste-Cento-Oeste e o Norte-Nordeste. Isso limitava a possibilidade de uma gestão mais eficiente das diversidades climáticas (regimes de chuvas) e energéticas das várias regiões do País e do sistema de transmissão que integra as usinas geradoras de médio e grande porte.

Atualmente, os subsistemas estão interligados, o que permite um contínuo e permanente intercâmbio de energia entre as regiões e uma operação mais econômica, flexível e segura das instalações componentes do Sistema Interligado Nacional.

Smart Grid

Extensão das linhas de transmissãoO sistema brasileiro de transmissão de energia difere daquele em operação ou em fase de experimentação em alguns países europeus e nos Estados Unidos, onde prevalece o chamado Smart Grid, ou rede inteligente. A Aneel estuda a regulamentação do sistema, que já faz parte de projetos experimentais de várias concessionárias que atuam no Brasil. O Smart Grid pode ser definido como um sistema no qual é aplicada a tecnologia da informação para automatizar a rede elétrica e torná-la mais ágil e eficiente. 

O sistema requer a instalação de sensores nas linhas de energia e o estabelecimento de um sistema de comunicação para que diferentes fontes de energia sejam conectadas a um determinado ponto, evitando a interrupção da transmissão. Os sensores do Smart Grid detectam informações sobre a operação e o desempenho da rede e analisam esses parâmetros para identificar, por exemplo, se a transmissão está com a tensão alterada. 

Especialistas consideram que a adoção do sistema é inexorável, tamanhas são as suas vantagem em relação aos métodos tradicionais. Com o Smart Grid em pleno funcionamento, os consumidores terão acesso em tempo real a informações exatas sobre o próprio consumo de energia, a variação de seu custo ao longo do dia. Também torna-se possível, com a adoção do sistema, vender energia gerada em casa ou na empresa para a rede a qual o consumidor está inserido. 

Interligação internacional 

O sistema brasileiro também está interligado à Venezuela (de onde chega a energia que abastece a capital de Roraima, Boa Vista), à Argentina, ao Uruguai e ao Paraguai (do qual o País é sócio em Itaipu Binacional). Essas linhas são operadas pela Eletrobrás. 

Fontes:
Ministério de Minas e Energia
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)
Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE)



18/08/2013 12:02


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