Rede Ibero-americana de Ensino Fundamental é lançada no Memorial



Iniciativa visa apoiar escolas públicas no Estado que levam o nome de personalidades latino-americanas e do Caribe

A Rede Ibero-americana de Ensino Fundamental foi lançada em dezembro, no Auditório Simón Bolívar, em evento que contou com a presença da primeira-dama do Estado,  Mônica Serra, natural do Chile, autoridades da área educacional, cônsules, educadores, professores e estudantes. A iniciativa do Memorial, Grulac (Grupo de Cônsules da América Latina e do Caribe), Instituto Cervantes,  Universia e  Santander, em parceria com a Secretaria Estadual de Educação, visa apoiar as 26 escolas públicas – e mais 8 batizadas hoje,  em decretos assinados pelo governador Serra – que levam o nome de países ou personalidades latino-americanas e do Caribe.

“Esta é uma forma de colaborar para diminuir as tensões e os problemas entre nossas fronteiras e de aproximar, mediante o ensino e o intercâmbio cultural, as crianças que no futuro serão responsáveis pela integração de nossos países”, discursou Salvador Ariola, cônsul do México e presidente do Grulac. Mentor, entusiasta e articulador do movimento, Ariola anunciou os projetos para 2008 da Rede: aulas especiais de História e Geografia de cada país da região, encontros de dança e música folclórica, comemoração dos Dias Nacionais e do Dia da Integração, o Prêmio Monteiro Lobato de Literatura Infantil e o Torneio Esportivo Cidade de São Paulo, com o apoio da empresa ESPN.

No ano que vem inicia-se a comemoração de 200 anos dos movimentos de libertação da América Latina, que culminaram com a proclamação de independência das antigas colônias de Portugal e Espanha, em diferentes datas. O arranjo geopolítico permanece até hoje.

FernandoLeça, presidente do Memorial (á direita na foto), destacou a efetiva ação integradora atual dos cônsules da América Latina e do Caribe acreditados em São Paulo. “Quero agradecer como cidação o espírito de congraçamento e solidariedade manifestado pelos senhores”, disse olhando para a primeira fileira do Auditório Simón Bolívar, na qual se encontravam sentados os seguintes cônsules-gerais: Maurício Acero (Colômbia), Maria Estela de la Guardia (Panamá), George Samuel Antoine (Haiti), Jorge Duran (Venezuela), Brígida Scaffo (Uruguai), Luiz Carlos Szymonowicz (Suriname), Héctor Pérez (República Dominicana), Jaime Stiglich (Peru), Hernando Melgarejo (Paraguai), Jaime Valdivia Almaça (Bolívia), Cecília Gallardo (Chile), Carlos Trejo Sosa (Cuba) e Beatriz Cury (Equador).Maria Helena Guimarães de Castro, Secretária de Educação do Estado de São Paulo, presente no evento, também elogiou a iniciativa do Grulac e do Memorial e afirmou que apoiará os projetos para o ano que vem da Rede Ibero-americana de Ensino Fundamental . Uma das funções da Rede é ajudar as escolas “apadrinhadas” a se prepararem para o ensino do idioma espanhol, que passa a ser obrigatório em 2010. A cada consulado cabe apoiar “suas escolas” facilitando o ensino do idioma. Nesta cerimônia de lançamento da Rede, foram doados às escolas 290 computadores pelo Banco Santander. Os professores serão capacitados a usa-los pelo Portal Universia. A idéia é fazer os alunos dessas escolas paulistas começarem a se comunicar em espanhol com alunos de escolas do país correspondente por “chat”, que em espanhol se diz “chateo” (se pronuncia chatêo).

A escola Republica Dominicana foi mais longe: instituiu como prêmio ao seu melhor aluno uma viagem, com o professor, para conhecer o país. É uma forma original de apoiar escolas públicas do estado de São Paulo e sensibilizar as crianças para a integração efetiva. Salvador Ariola apresentou a Rede ao uruguaio Enrique Iglesias, presidente da Cumbre Ibero-americana. Ele manifestou a intenção de propor a todos os países ibero-americanos que façam o mesmo. De tal forma, que a futura Escola República do Brasil, no Panamá, por exemplo, interagisse com a Escola República do Panamá, já existente, em São Paulo.

Além dos diretores de todas as escolas da Rede, autoridades educacionais e do corpo consular, compareceram mais de 500 estudantes, representando a maioria das escolas. As escolas República do México, Gabriela Mistral e Joaquín Suarez fizeram pequenas apresentações musicais em espanhol e português, declamaram poemas de Neruda e dançaram. Muito aplaudidos, os alunos orientados pela professora Darlene Max - cuja singela coreografia misturando passos do rap e da capoeira tocou a todos - teve como acompanhamento apenas o som e o ritmo produzidos pelo próprio corpo.

Escolas que a partir de hoje recebem nomes latino-americanos e caribenhos:

EE República de Honduras, antiga EE União de Vila Nova I

EE República do Haiti, antiga EE Vila Silvia I

EE República da Guatemala, antiga EE Conjunto Habitacional Itajuibe I

EE República do Suriname, antiga EE Jardim Iná II

EE Belise, antiga EE Palanque

EE República da Nicarágua, antiga EE FAzenda da Juta II

EE Jose de San Martín, antiga EE União de Vila Nova II

EE Joaquín Suarez, antiga EE Fazenda da Juta IV                                             

Demais escolas estaduais com nomes de países ou personalidades latino-americanas:

EE Buenos Aires

EE Domingos Faustino Sarmiento

EE Gabriela Mistral

EE Jorge Luis Borges

EE Jose Artigas General

EE Dom Miguel de Cervantes Y Saavedra

EE República da Argentina

EE República da Bolívia

EE República do Chile

EE República da Colômbia

EE República da Costa Rica

EE República de Cuba

EE República Dominicana

EE República de El Salvador

EE República do Equador

EE República do México

EE República do Panamá

EE República do Paraguai

EE República do Peru

EE República do Uruguai

EE República da Venezuela

EE República da Venezuela II

EE Presidente Salvador Allende Gossens

EE Simón Bolívar

Do Memorial da América Latina

(I.P.)



01/07/2008


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