Reforma Agrária: Marcon contesta críticas de Onyx Lorenzoni



O deputado Dionilso Marcon (PT) contestou ontem (23/10), na tribuna da Assembléia Legislativa, as acusações do deputado Onyx Lorenzoni (PFL) ao MST. Segundo Marcon, o deputado do PFL só reconhece as leis que lhe favorecem. “Quando algum membro do judiciário dá um despacho favorável aos trabalhadores, a oposição conservadora esquece o que sempre alardeia, ou seja, que as decisões judiciais não devem ser discutidas, mas cumpridas. Parece que isso só se aplica quando a decisão é favorável a eles”, assinala, referindo-se às críticas da oposição à decisão do juiz de Passo Fundo, que não concedeu a reintegração de posse aos proprietários da fazenda Rio Bonito no município de Pontão por ser improdutiva.

Marcon afirmou que quem mantém milícias armadas no Estado não é o MST, mas os latifundiários. “Os próprios membros da Farsul admitem publicamente que sustentam milícias para defender propriedades improdutivas. Portanto, quem desrespeita a lei não somos nós. Pelo contrário, nosso movimento tem como objetivo garantir o cumprimento integral da Constituição Federal, que garante o direito de propriedade, mas exige também o cumprimento de sua função social”, argumenta.

O petista lembra ainda que latifundiários gaúchos, recentemente, foram condenados por evitar as vistorias em fazendas gaúchas. “A oposição acusa o MST de não cumprir a lei, mas acoberta ações terroristas dos latifundiários, que usaram de todos os meios, legais e ilegais, para impedir as vistorias em suas propriedades”, salienta.

Para Marcon, a oposição ficou frustrada com o desfecho das últimas ocupações ocorridas no Estado. “Eles se prepararam para assistir o sangue jorrar. Inclusive, se armaram para isso. No entanto, ao contrário do que acontece onde eles governam, não houve violência”, conclui.



10/24/2001


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