Região de Alto Camaquã (RS) será apresentada no II Congresso das Montanhas Famosas



O pesquisador Marcos Borba, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) viaja para a China nesta quarta-feira (6). Ele fará uma apresentação sobre o território do Alto Camaquã no II Congresso das Montanhas Famosas, que será realizado de 11 a 15 de outubro em Jiujiang, na província de Jiangxi. Nessa região, está localizado o monte Lushan, tombado pela Unesco como patrimônio cultural da humanidade. 

O evento é promovido pela Associação Internacional de Montanhas Famosas (World Famous Mountains Association), entidade criada em 2009 com o objetivo de compartilhar experiências de desenvolvimento econômico, promoção do turismo e proteção ambiental entre os cinco continentes. A associação é apoiada pela Unesco e reúne montanhas turísticas como o próprio monte Lushan, o Kilimanjaro (Tanzânia), o monte Hood (Estados Unidos) e as colinas Chocolate (Filipinas), além de parques naturais de montanha da Alemanha (Bergstasse), Áustria (Eisenwurzen) e Romênia (Gaina e Covsna). Atualmente, o único representante da América Latina é  o brasileiro  Geoparque Araripe, no Ceará.

Na oportunidade, será apresentada a candidatura do território do Alto Camaquã a membros da associação. A indicação foi feita pela professora da Universidade Federal do Ceará e consultora do Banco Mundial, Mônica Amorim, que atuou na inclusão do Araripe à entidade sediada na China.

A Embrapa, que por meio do Projeto Alto Camaquã, liderado por ele, desencadeou o processo de construção de uma rede de atores sociais, envolvendo não apenas pesquisadores, mas também extensionistas, produtores, poder público e universidades para a construção do conhecimento e da promoção do desenvolvimento territorial endógeno da região. 

Formado pelos municípios de Bagé, Caçapava do Sul, Lavras do Sul, Pinheiro Machado, Piratini e Santana da Boa Vista, no Rio Grande do Sul, o território do Alto Camaquã é marcado pela vegetação predominantemente arbórea com mosaicos de campo e mato, solos rasos com afloramento de pedras e relevo acidentado.

A pecuária familiar local ficou à margem da modernização devido à histórica falta de aplicação dos conhecimentos científicos convencionais, ao pouco uso de insumos químicos e à baixa mecanização. Por outro lado, a paisagem, a fauna, a flora e a cultura foram conservadas, e o homem que ocupou a região desenvolveu formas de produção ambientalmente dependentes, integrando a criação de bovinos, ovinos e caprinos sobre campo nativo. 

 

Fonte:
Embrapa

 



04/10/2010 18:43


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