Renan busca consenso para a votação do Orçamento



O presidente do Senado, Renan Calheiros, chegou na manhã desta terça-feira (18) ao Congresso, anunciando que passaria o dia em busca de consenso e de formação de quórum para a votação da proposta de Orçamento da União para 2006. Renan anunciou que, na sessão para deliberação da matéria, na noite desta terça, irá submeter à votação primeiramente o relatório e, em seguida, se for o caso, os destaques para votação em separado.

Renan disse que, assim como dedicou a semana passada a resolver as questões relacionadas aos recursos perdidos pelos estados em razão da renúncia fiscal imposta pela Lei Kandir, está devotando-se agora a sanar as últimas dificuldades que impedem a votação do Orçamento. O presidente do Senado reconheceu que ainda existem pendências relacionadas a Sergipe, Bahia e Amazonas, mas disse que se esforçará para superar isso em reuniões com os líderes partidários, ao longo do dia.

- Entendo que o Brasil deve ter seu Orçamento. O consenso vem sempre que é possível. Não havendo consenso, parte-se para o voto. Estou pedindo aos líderes que mobilizem suas bancadas para que tenhamos quórum e para que, não havendo consenso, votemos, um a um, todos os itens do Orçamento - informou.

Ainda a respeito do Orçamento, o presidente do Senado disse ser fundamental ao Legislativo sinalizar para o mercado e para toda a economia que estão votadas as receitas e despesas da União para 2006.

- O único movimento que deve ser feito agora é a mobilização das bancadas e a garantia de quórum para votar o Orçamento. É fundamental sinalizar isso para o país.

Indagado pelos jornalistas sobre a vinda do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, para explicar seu papel nos fatos que resultaram na saída de Antonio Palocci do Ministério da Fazenda, Renan disse que esse assunto agora está com a Câmara.

- Estávamos trabalhando para um depoimento com a participação de todo mundo e com regras claras e definidas. Mas isso não foi possível em razão de a Câmara ter-se antecipado em chamar o ministro. Não foi por minha culpa. Agora, a gente não sabe se vai ser necessário ter um repique, um novo depoimento. Sinceramente, espero que não haja mais necessidade de o ministro vir aqui.



18/04/2006

Agência Senado


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