Resultado de eleições para presidente no exterior repete cenário traçado pelas urnas no Brasil
A exemplo do que ocorreu no Brasil, o resultado das eleições para presidente da República no exterior indicou segundo turno entre os candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB). Mas as coincidências param por aí. Se, no Brasil, o presidente Lula obteve uma votação maior (48,61% dos votos válidos) que a do ex-governador Alckmin (41,64% dos votos válidos), o quadro se inverteu no exterior: Alckmin conquistou 44,82% dos votos válidos, enquanto Lula recebeu 39,80% dos votos válidos.
Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 86.360 brasileiros estavam aptos a votar nas 315 seções de votação espalhadas por 93 países. O total de votos registrados chegou a 41.388, considerando-se válidos 39.077. Deixaram de votar para presidente da República - a única escolha possível para os brasileiros residentes em outros países - 44.697 eleitores.
No Exterior, Geraldo Alckmin teve 17.513 votos contra 15.551 votos dirigidos a Luiz Inácio Lula da Silva. A senadora Heloísa Helena (PSOL-AL) ficou em terceiro lugar, conquistando 3.294 votos (8,43% dos votos válidos). No Brasil, a candidata encerrou o primeiro turno da eleição, no último domingo (1º), com 6,85% dos votos válidos.
O maior colégio eleitoral de brasileiros no exterior está nos Estados Unidos, onde há 32.017 eleitores cadastrados. Lá, o contingente de votos válidos chegou a 13.137, dos quais 7.020 foram dirigidos a Alckmin e 3.824 a Lula. Em Portugal, onde há 7.630 eleitores registrados, o número de votos válidos foi de 3.608, sendo 1.787 para o candidato petista e 1.311 para o candidato tucano. A menor concentração de votantes fora do país está na Ucrânia, com apenas quatro eleitores cadastrados e que registrou 100% de abstenção.03/10/2006
Agência Senado
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