Reunião em Charqueadas debaterá crise energética



O líder da bancada do PDT, deputado Vieira da Cunha, anunciou hoje(16) da tribuna da Assembléia Legislativa a realização de audiência pública, em Charqueadas, para debater a crise energética e a retomada das obras da Usina Jacuí I. Vieira foi autor do requerimento aprovado na Comissão de Economia e Desenvolvimento, solicitando a reunião que irá se realizar na próxima quarta-feira, dia 23/05, a partir das 9 h, no canteiro de obras da Usina. Vieira da Cunha justificou a realização da reunião em Charqueadas para representar o apoio dos deputados estaduais à retomada do obra Jacuí I com o conseqüente aproveitamento do carvão gaúcho. " O Rio Grande do Sul detém quase 90 % das reservas nacionais de carvão. É uma riqueza nossa que deve ser valorizada, ainda mais nessa hora em que se debate sobre a fragilidade das condições do setor elétrico. O carvão é um combustível nosso, cuja extração gera renda e emprego no estado, e hoje a tecnologia disponível que permite a sua utilização como combustível, com um mínimo de impacto ambiental. É hora, portanto, de dar maiores espaços ao carvão na matriz energética nacional" . Vieira da Cunha, que presidiu a Companhia Estadual de Energia Elétrica - CEEE, no governo Alceu Collares, durante 1 ano e 10 dias ( nov/92 a nov/93) lembrou a dependência energética do Rio Grande do Sul, "já que aqui mais consumimos energia do que geramos". Segundo ele, há oito anos se vendia uma imagem à Nação de que todos os problemas vividos na época eram em virtude de um modelo que se dizia superado, um modelo que estava dependente da idéia de que o Estado deveria controlar o setor elétrico nacional. "A partir dessa tese se desenvolveu uma onda de privatizações - a Eletrobrás, a Eletrosul e a CEEE, foram vítimas desse processo. As privatizações foram feitas sob o argumento de que o Estado não tinha os recursos necessários para desenvolver o setor elétrico e de que era preciso entregá-lo à iniciativa privada que, de maneira eficiente iria dotar esse setor estratégico do país das condições necessárias para suportar o processo de desenvolvimento econômico do Brasil", frisou. " O tempo comprovou que como nós denunciávamos a época esses argumentos eram falsos", alertou. Vieira criticou o modelo neoliberal e alertou para os reflexos do "apagão" na Região Sul. " A situação atual demonstra que as privatizações foram um mau negócio para o país e que o Estado deve voltar a ter o controle dos setores estratégicos da economia, como é o caso do setor elétrico", concluiu.

05/16/2001


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