Revista Educação & Sociedade chega à edição nº 100



A partir do nº 57, a revista foi selecionada para integrar a coleção de periódicos científicos do SciELO, da Fapesp

A revista Educação & Sociedade, considerada a mais influente publicação científica brasileira na área da educação, chega ao número 100. Da primeira edição – que trouxe o tema O Educador Precisa ser Educado (com artigos de Maurício Tragtenberg, Dermeval Saviani, Evaldo Amaro Vieira, Moacir Gadotti e Paulo Freire) – até a centésima, que tem como tema Educação Escolar: Os Desafios da Qualidade, procurou sempre canalizar conhecimentos produzidos pelos mais importantes pensadores da educação.

“A revista contribui na elaboração de políticas públicas e no debate de temas relevantes articulando educação e sociedade”, diz Ivany Pino, professora da Faculdade de Educação (FE) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), presidente do Centro de Estudos Educação e Sociedade (Cedes) e coordenadora do comitê editorial da publicação. O Cedes, criado para abrigar a revista, está alocado num espaço da Unicamp.

“Trata-se de um palco extremamente democrático, em que as diferentes formas de pensar a educação encontram seu espaço. Sua influência é forte também para a consciência crítica e a prática de professores de primeiro e segundo graus”, acrescenta o professor Pedro Goergen, também da FE e integrante do comitê editorial. 

29 anos depois – A partir do nº 57, a revista foi selecionada para integrar a coleção de periódicos científicos do SciELO (Scientific Electronic Library On-Line), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). “Isso significa que se tornou internacional, com acesso livre aos seus artigos de qualquer lugar do mundo. É a revista mais acessada da área de humanas”, informa Ivany Pino. Lançada em setembro de 1978, Educação & Sociedade manteve sempre a periodicidade quadrimestral. Há uma edição temática todo mês de outubro e um máximo de dois dossiês por ano. Os demais espaços são reservados para a demanda espontânea de 200 a 250 trabalhos por ano, que chegam do Brasil e do exterior.

Selecionar perto de 25 artigos para uma edição normal não é, portanto, tarefa fácil. A revista tem um conselho editorial nacional, com mais de 50 integrantes, e outro internacional, com mais de uma dezena de pesquisadores de vários países. Cada trabalho previamente selecionado pelo comitê editorial é enviado a três pareceristas em média. Segundo Pedro Goergen, há autores de todos os continentes. “Devemos destacar essa dupla ancoragem da revista: de um lado, sempre atenta aos problemas nacionais da educação; de outro, aberta ao aporte teórico de estudiosos estrangeiros”.

A publicação teve origem, lembra Ivany Pino, com a iniciativa de um grupo do Departamento de Sociologia da Educação (hoje de Ciências Sociais Aplicadas à Educação), que distribuiu circular em abril de 1978, propondo a criação de uma revista. O objetivo era expressar as opiniões, as práticas e a produção intelectual dos professores da FE e de outras universidades. 


12/08/2007


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