Rio de Janeiro terá primeira fábrica de veículos elétricos do Brasil



O Rio de Janeiro vai receber a primeira fábrica de veículos movidos a energia elétrica do Brasil. O anúncio foi feito nesta terça-feira (10) pela CR Zongshen E-Power (CRZ-E), empresa que vai operar com a marca Kasinski na fabricação de motocicletas e bicicletas. A tecnologia é pioneira no setor de duas rodas no Brasil, e a fábrica deve gerar pelo menos 150 empregos diretos.


De acordo com o presidente da Kasinski, Claudio Rosa Junior, o investimento será de R$ 20 milhões, e a fábrica será construída em 6 mil metros quadrados. A empresa já tem uma fábrica em Manaus cuja capacidade de produção gira em torno de 110 mil unidades por ano. A Kasinski estudou durante seis meses a possibilidade de implantar a unidade no Rio, e a expectativa é de começar a produção já no primeiro semestre de 2011. Ele afirma que a empresa espera um lucro anual de R$ 30 milhões.


“Nossa empresa não vai só atender o mercado brasileiro. Nós temos como expectativa utilizar o polo industrial do Brasil para o fornecimento de todo o mercado [do continente] americano. São produtos que já são fabricados pela China e exportados para esses países. A partir do momento que tivermos escala de produção, nós pararemos de fornecer por lá e passaremos a fornecer só pelo Brasil”, afirmou Rosa.


O presidente da empresa anunciou um primeiro investimento na fabricação de sete modelos. Serão dois modelos de bicicletas, dois de scooters, uma scooter maior para levar mais de uma pessoa, outra scooter intermediária e uma moto elétrica de alta performance.


A empresa estuda parcerias para distribuir os produtos entre empresas que utilizam motos, como vigilância de condomínios, estacionamentos e serviços de entregas. Ele anuncia que já existem parcerias com 120 concessionárias e espera terminar o ano com 200 parceiras para venda dos produtos.


Por ser pioneira no Brasil, a tecnologia torna o produto mais caro, pois cerca de 70% dos componentes são importados do Canadá, da China e Coréia. Apesar do custo final da produção da unidade sair mais alto, a Kasinski afirma que irá subsidiar os preços para que tenham o mesmo valor que o similar movido à combustão.


A empresa está negociando com concessionárias de energia elétrica e com empresas de distribuição e comercialização de combustíveis a possibilidade de implantar nos postos máquinas de recarga expressa que efetuariam a carrega num intervalo entre 45 minutos e uma hora. A empresa também estuda a implantação de uma metodologia de troca de baterias usando cartão de recarga nos postos.



Fonte:
Agência Brasil

 



12/08/2010 08:10


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