Rio de Janeiro vai celebrar três décadas de Sapucaí



O ano de 2014 é de Copa do Mundo e de 30 anos de Sapucaí. Por conta disso, os números surpreendem. Apenas a cidade do Rio de Janeiro, principal destino de turistas no carnaval brasileiro, deve contribuir com US$ 734 milhões, de acordo com a Secretaria Municipal de Turismo – a Riotur. O número de turistas que visitarão o Rio neste carnaval crescerá 2,2% em relação ao ano passado, chegando a 920 mil.

Foram os blocos carnavalescos de rua que, nos anos 30, abriram caminho para as escolas de samba. Ainda que vários deles tenham se tornado agremiações carnavalescas, dezenas continuam como blocos de rua, animados o suficiente para começar a folia duas semanas antes do início oficial da festa. Fundado em 1918, o Cordão do Bola Preta é o mais antigo e tradicional bloco de rua, além de ser um dos mais conhecidos do carnaval carioca mundo afora. E muitos foram parar no Sambódromo, que este ano completa seus 30 anos. Arquitetura estruturada por Oscar Niemeyer, tem cerca de 700 metros de comprimento.

Com a exuberância de suas praias e montanhas, sua musicalidade expressa no samba, no choro, na bossa nova, na culinária típica, a capital carioca é um dos principais destinos turísticos do mundo e o que mais recebe visitantes no Brasil. São características tão marcantes e únicas que garantiram à cidade o título inédito da Unesco de Patrimônio Mundial na categoria de Paisagem Cultural Urbana. Confira algumas das atrações culturais imperdíveis:

Passeio Público

Na década de 1760, o Mestre Valentim recebeu a tarefa de construir um parque para a cidade do Rio de Janeiro. Ainda hoje o Passeio Público mantém o grande portão em ferro forjado em estilo rococó, destacando o brasão com as armas reais. Foi criado com percursos. O primeiro passava entre duas pirâmides e terminava na Fonte dos Amores, levando a um terraço sobre as águas da baía da Guanabara. Pela Rua das Belas Noites chegava-se ao chafariz das Marrecas com estátuas de bronze do Caçador Narciso e da Ninfa Eco (hoje no Jardim Botânico). Ao final do século XIX o Passeio Público foi reorganizado pelo botânico Glaziou, abrindo caminhos em curvas caprichosas. O Passeio Público é considerado o primeiro parque ajardinado do Brasil.

Mosteiro de São Bento

Fundado no século XVI por monges beneditinos, agrega mosteiro e igreja. Apesar das consideráveis modificações e ampliações empreendidas no final do mesmo século, o conjunto ainda conserva em sua frontaria o caráter da edificação iniciada em 1617. O interior da igreja é riquíssimo e totalmente forrado com talha dourada.

É considerado um dos principais monumentos da arte colonial do País. Ainda hoje se mantem como um lugar de silêncio, oração e trabalho e é referência em canto gregoriano com o Coro dos Monges do Mosteiro de São Bento que pode ser assistido nas missas dominicais das 10h. No repertório estão peças do século V ao XII. 

Igreja Nossa Senhora da Glória

No século XVII, havia originalmente uma capela dedicada a Nossa Senhora da Glória, no morro hoje conhecido como Outeiro da Glória. A atual igreja foi edificada em princípios do século XVIII e concluída em 1739, segundo projeto atribuído ao tenente-coronel José Cardoso Ramalho. Ela representa, no Brasil, a introdução das plantas poligonais alongadas, de origem barroca. Insere-se essa igreja ao centro de amplo adro, dominando a paisagem, e tem sua silhueta barroca definida pelas sucessivas pilastras de ordem monumental, dispostas ao longo das laterais da nave, que se estendem até a cimalha superior.

Arcos da Lapa
No período do governo de Aires de Saldanha (1719 – 1725), foi construído um aqueduto que trazia a água das nascentes do rio da Carioca, ao longo das encostas da serra de Santa Teresa, até o largo da Carioca. Para atravessar o vale existente entre o morro de Santa Teresa e o de Santo Antônio, foi executada a obra arquitetônica mais notável do Brasil no período colonial: uma construção ciclópica de alvenaria, com dupla arcada e considerável extensão. O Aqueduto da Carioca, como foi chamado, veio a servir depois de viaduto para os bondes que demandam o bairro de Santa Teresa. 

Teatro Municipal

Em 15 de outubro de 1903, o prefeito Pereira Passos, lançou um edital com um concurso para a apresentação de projetos para a construção do Theatro Municipal. Os dois primeiros colocados ficaram empatados: o "Áquila", pseudônimo do engenheiro Francisco de Oliveira Passos, e o "Isadora", pseudônimo do arquiteto francês Albert Guilbert. Como decisão final resolveu-se pela fusão dos dois projetos, pois, na verdade, correspondiam a uma mesma tipologia. Para decorar o edifício foram chamados os mais importantes pintores e escultores da época, como Eliseu Visconti, Rodolfo Amoedo e os irmãos Bernardelli. Também foram recrutados artesãos europeus para fazer vitrais e mosaicos. 

Biblioteca Nacional

A criação da Real Biblioteca no Brasil está ligada a transferência da rainha D. Maria I, de D. João, Príncipe Regente, de toda a família real e da corte portuguesa para o Rio de Janeiro, em 1808. O acervo trazido para o Brasil, de 70 mil peças, entre livros, manuscritos, mapas, estampas, moedas e medalhas, foi inicialmente acomodado numa das salas do Hospital do Convento da Ordem Terceira do Carmo, na Rua Direita. Em data de 29 de outubro de 1810 é considerada oficialmente como a da fundação da Real Biblioteca que, no entanto, só foi franqueada ao público em 1814. A Biblioteca Nacional do Brasil, considerada pela Unesco uma das dez maiores bibliotecas nacionais do mundo, é também a maior biblioteca da América Latina. 

Casa de Rui Barbosa

A casa foi construída em meados do século XIX e adquirida por Rui Barbosa em 1893. O prédio, de estilo neoclássico, é cercado por belo jardim, tem sobrado parcial centrado pela fachada principal com uma série de portas e janelas. Uma larga varanda corre paralela à fachada principal. Além de objetos que pertenceram a Rui Barbosa, destaca-se a biblioteca, uma das mais valiosas que possuímos.

Museu Nacional de Belas-Artes

O prédio, de proporções monumentais, foi edificado na então recém-inaugurada Avenida Central, atual Rio Branco. Idealizado por Adolfo Morales de Los Rios, é constituído por quatro alas em torno de um pátio central. Ocupa toda uma quadra.

O Museu Nacional de Belas Artes foi criado oficialmente em 13 de janeiro 1937 pelo ministro Gustavo Capanema. Mas antes de sua efetiva abertura ao público, em 19 de agosto de 1938, passou por algumas mudanças. O prédio permaneceu com as coleções da Escola Nacional de Belas Artes e com o setor administrativo, mas os cursos foram progressivamente sendo transferidos para outros locais.

Igreja da Candelária

A construção teve início em 1755, terminando em 1811. Apresenta planta em cruz latina, com duas sacristias, uma de cada lado. A influência italiana é evidente no revestimento interior, que é de mármore e não de talha de madeira, à maneira portuguesa. A fachada principal é de pedra aparelhada e as portas, em bronze, de autoria do escultor Teixeira Lopes.

A escultura em gesso é trabalho de Bartolomeu Meira. A pintura mural é de autoria de Zeferino da Costa, coadjuvado por Bernadelli, Oscar da Silva, Castagneto, Pinto Bandeira e outros e o autor do projeto é o engenheiro-mor Francisco João Roscio.

Copacabana Palace
Inaugurado em 1923, o prédio tradicional do Hotel Copacabana Palace – de frente para a Avenida Atlântica – foi construído pelo arquiteto J. Gire a pedido do governo federal, para incentivar o desenvolvimento da Zona Sul do Rio de Janeiro, principalmente Copacabana, que na época não passava de um imenso areal.

O prédio figura entre os mais importantes exemplares de Ecletismo no Brasil. Sua planta, de funcionalidade admirável, apresenta impecável ajuste na distribuição dos serviços de abastecimento e manutenção. Dispõe de 145 quartos, além de lojas, restaurante, bar e serviços gerais no andar térreo e grandes salões no primeiro pavimento. (Avenida Nossa Senhora de Copacabana, 313. - Copacabana. Telefone: (21) 2548-7070).

Paço Imperial

A Ordem Régia de 27 de novembro de 1730 autorizou a construção de uma casa destinada a moradia dos vice-reis, no Rio de Janeiro. O antigo Paço da Cidade, inaugurado em 1743, projetado pelo Engenheiro José Fernandes Pinto Alpoim, ocupa uma área de 2.940 m², no centro histórico do Rio de Janeiro.

Passou a ser a casa de despachos do Vice-Rei do Brasil, do Rei de Portugal Dom João VI e dos imperadores Pedro I e II. Atualmente é um centro cultural do IPHAN. Pela sua importância histórica e estética, o Paço Imperial é considerado o mais importante dos edifícios civis coloniais do Brasil e é o que melhor documenta aspectos da arquitetura portuguesa e brasileira anteriores à Missão Artística Francesa.

Parque do Flamengo

O Parque do Flamengo, que envolve uma área desde o Aeroporto Santos Dumont até o morro da Viúva e o início da praia de Botafogo, é o resultado do aterro de uma larga faixa fronteira à Esplanada do Castelo, à Lapa, à Glória, ao Russel e ao Flamengo, realizado com material proveniente do desmonte do morro de Santo Antônio.

Os projetos de urbanização, edificações e equipamentos são de autoria de Afonso Eduardo Reidy, com projeto paisagístico de Roberto Burle Marx. Além da praia, reconstituída na faixa litorânea, foram criados diversos equipamentos com finalidade recreativa. Estão inseridos no parque o Museu de Arte Moderna de Afonso Reidy e o Monumento aos Mortos da Segunda Guerra Mundial.

Forte de Copacabana

Localizado no promontório da antiga igrejinha de Nossa Senhora de Copacabana, o Forte foi inaugurado em 1914, com o objetivo de reforçar a defesa da Baía de Guanabara. A casamata conserva as características originais, com suas muralhas de 12 metros de espessura voltadas para o mar e armamento da fábrica Krupp.

Atualmente transformado em Centro Cultural, o Forte de Copacabana oferece aos visitantes muitas curiosidades e atrações. No Museu Histórico do Exército, fatos marcantes estão registrados através de exposições, exibições de vídeo, maquetes e, até, um setor interativo, original e bastante visitado pelos freqüentadores do Forte. Tudo com direito a uma vista panorâmica de um dos pontos mais belos de toda a nossa Costa. 

Fortaleza de São João

A Fortaleza de São João foi erguida na ponta do Morro Cara de Cão, na entrada da barra da Baía de Guanabara, ao lado do Morro do Pão de Açúcar, em uma área hoje pertencente ao Exército Brasileiro. É um verdadeiro mirante secular aberto para a baía (onde de suas casamatas esculpidas na pedra, há muito aposentadas, se descortina um panorama dos fortes de Niterói e da entrada da Baía), constituída por três redutos (pequenos fortins também chamados de Baterias) e um grande Forte, o Forte São José, de 1578 – o terceiro forte mais antigo do país.

É o local ideal para conhecer onde aconteceu a fundação da cidade e sentir o encanto da História viva. Os visitantes podem ainda conhecer o Morro Cara de Cão, considerado Área de Preservação Ambiental pelo Ibama, e visitar o Museu do Desporto do Exército. 

Cristo Redentor/Penhasco do Corcovado

Um dos pontos turísticos de maior atração no Rio de Janeiro, o Corcovado, é uma montanha de 704m de altitude, localizada no extremo frontal da Serra da Carioca, visitado pela primeira vez no início do século XIX. A iniciativa da abertura de um caminho para o Corcovado foi de D. Pedro I e as caminhadas e passeios à região tornaram-se um hábito. A ideia de se ter uma imagem do Cristo, coroando o Morro do Corcovado, segundo a tradição, deve-se ao padre Pedro Maria Boss, Capelão do Colégio Imaculada Conceição de Botafogo.

Heitor da Silva Costa venceu o concurso, em 1923, mas a figura inicial, de Jesus empunhando um globo e uma cruz, foi substituída pela imagem do Cristo atual, executada pelo artista francês, Paul Landowsky.

Morro do Pão de Açúcar

O complexo do Pão de Açúcar é composto pelos morros do Pão de Açúcar, da Urca e da Babilônia. Margeado pelas águas da Baía de Guanabara, possui como atração complementar o passeio de teleférico, interligando a Praia Vermelha, o Morro da Urca e o Pão de Açúcar.

O Bondinho do Pão de Açúcar foi idealizado em 1908 e inaugurado em 1912, tornando-se o primeiro teleférico instalado no País. O morro do Pão de Açúcar é constituído por um bloco único de gnaisse-granito com mais de 600 milhões de anos, que surgiu da separação entre os continentes sul-americano e o africano. Eleva-se a 395 metros acima do nível do mar, é rico em vegetação, com diversas espécies de bromélias e orquídeas. (Urca)

Jardim Botânico 

No sopé do Maciço da Tijuca, entre a Lagoa Rodrigo de Freitas e a montanha, foi criado, em 1808, após chegada da Família Real Portuguesa, o Jardim Botânico do Rio de Janeiro, como um jardim de plantas exóticas e de especiarias do Oriente. De sua área atual de 137 hectares, 53 hectares estão abertos ao público, com grande coleção de plantas in situ organizadas em aleias geométricas.

Os destaques são as palmeiras de grande altura, que conferem amplitude ao local. O espaço restante integra-se ao Parque Nacional da Tijuca e é dedicado à preservação e à pesquisa científica, desenvolvida pelo Instituto de Pesquisas do Jardim Botânico, centro de referência mundial por seus estudos sobre a Mata Atlântica. Em suas dependências encontra-se o Museu Casa dos Pilões, no prédio onde funcionou a Real Fábrica de Pólvora. 

Fonte: 

Portal Brasil

Prefeitura do Rio de Janeiro

Ministério do Turismo 

Portal da Copa



27/02/2014 23:36


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