Samu vai passar por reestruturação, diz Ministério da Saúde
Dentro das medidas implantadas em 2011 pelo programa Saúde Toda Hora, o Ministério da Saúde vai destinar mais recursos para os gestores públicos que investirem na qualificação dos serviços e atendimento prestados pelos componentes que fazem parte da Rede de Atenção às Urgências.
Uma das primeiras mudanças foi implantada no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192). Os municípios que aderiram ao serviço terão aumento de 66% do recurso de custeio repassado mensalmente pelo ministério caso estejam inseridos em um Plano de Ação Regional e atendam a critérios de qualidade técnicos e estruturais. O ministério também transformou o Samu 192 em estabelecimento de saúde e, os gestores terão que cadastrá-lo no Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (SCNES), o que possibilitará um acompanhamento mensal da execução do serviço. “Muitas vezes o Samu 192 é o primeiro equipamento de saúde do SUS [Sistema Único de Saúde] que a população tem contato, por isso o serviço deve ser ágil, com qualidade e integrado aos demais componentes da Rede de Urgências”, afirma o coordenador de Urgência e Emergência do Ministério da Saúde, Paulo de Tarso.
Desde novembro do ano passado, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, vem visitando os 11 hospitais que fazem parte da primeira fase da ação que pretende atingir, até 2014, os 40 maiores prontos-socorros brasileiros. Todos são referências regionais, possuem mais de 100 leitos, tem pronto-socorro e realizam grande número diário de internações e atendimentos ambulatoriais.
O S.O.S Emergências funciona articulado com os demais serviços de urgência e emergência que compõem a Rede Saúde Toda Hora, coordenada pelo Ministério da Saúde e executada pelos gestores estaduais e municipais em todo o País. “Sabemos que ofertar o alívio imediato ao sofrimento pode ser decisivo para a vida da pessoa e, por isso, essa é uma ação inovadora”, enfatizou Padilha.
Outra ação para promover qualidade de atendimento e redução de filas nos hospitais de emergência, lançada pelo Ministério da Saúde neste ano, foi o programa Melhor em Casa, que amplia o atendimento domiciliar oferecendo assistência multiprofissional gratuita em casa a pessoas com necessidade de reabilitação motora, idosos, pacientes crônicos sem agravamento ou em situação pós-cirúrgica.
As equipes multidisciplinares atenderão, em média, 60 pacientes, simultaneamente. “Os pacientes receberão tratamento no melhor local que podem ser tratados, ou seja, em casa, junto com a família, envolvendo todos para a recuperação da saúde”, afirma Alexandre Padilha. Até 2014, serão implantadas no País mil equipes de Atenção Domiciliar e outras 400 equipes de apoio.
Para responder de forma mais ágil e qualificada em situações extremas, como casos de epidemias, de catástrofes e desassistência, o Ministério da Saúde criou a Força Nacional do SUS. A ação do ministério levará em conta cinco níveis de assistência e o tamanho das equipes variará de acordo com a classificação do risco.
O Ministério da Saúde deve investir cerca de R$ 10 milhões até 2018 para compra de material de estrutura física, equipamentos, insumos, medicamentos, capacitação e deslocamento.
Fonte:
Ministério da Saúde
16/01/2012 20:30
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