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São Paulo assina acordo com potência da China

Documento que prevê cooperação técnica foi firmado entre José Serra e o governador da província chinesa de Guangdong

A distancia de 18 mil quilômetros entre São Paulo e Guangdong, província chinesa com 91 milhões de habitantes, foi diminuída com a assinatura de um acordo selado na tarde desta terça-feira, 28, entre paulistas e chineses. O documento que prevê a cooperação técnica foi assinado pelo governador de São Paulo, José Serra, e pelo chinês Huang Huahua, governador de Guangdong.

Em pauta, a tecnologia paulista para a produção de etanol, a possibilidade dos chineses elevarem investimentos em três empresas sediadas no Estado de São Paulo e a viabilidade de empresários brasileiros participarem de feiras promovidas duas vezes por ano na província ao sul da China.

O PIB (Produto Interno Bruto) de Guangdong é uma das justificativas para a aproximação. Em 2006, atingiu US$ 330 bilhões o que firmou a província chinesa no posto de primeira em crescimento no país asiático. “Guangdong é sede das empresas de alta tecnologia com maior crescimento no mundo”, ressaltou a assessora para Assuntos Internacionais do governo de São Paulo, Helena Gasparian.

A assessora explicou que nos últimos doze meses essas empresas cresceram 25%. “É o lugar com a economia mais dinâmica do mundo”, acrescentou.

Helena frisou que Guangdong concentra importante parque industrial da China em setores que incluem a produção de equipamentos eletrônicos como computadores, telefones celulares, aparelhos eletrodomésticos, indústria automobilística, de instrumentos mecânicos e agrícolas, extração e exportação de minérios.

Etanol

A tecnologia desenvolvida em São Paulo para produção de etanol também foi tema do encontro. “São Paulo se disponibilizou a oferecer todas as informações sobre tecnologia do etanol”, afirmou o assessor-adjunto da Assessoria Internacional, José Roberto de Andrade Filho, numa referência a capacidade paulista para produção de etanol. São Paulo é o maior produtor de etanol do país, dono de uma fatia de 72,4% das exportações brasileiras.

De acordo com dados de 2006, a taxa de crescimento anual da China é de 12%, contra os 3,8% atingidos pelo Brasil. A indústria daquele país teve crescimento de 15% e as exportações no ano passado fecharam na casa dos US$ 200 bilhões.

Participaram da audiência, a cônsul da China em São Paulo, Li Jiaoyun, o diretor do gabinete dos Assuntos de Emigrantes de Guangdong, Wu Ruicheng, o vice-diretor do departamento de gabinete dos Assuntos Estrangeiros de Guangdong, Cang Feng, o Secretário Geral do Governo Provincial de Guangdong, Xu Shangwu, entre outros.

Cleber Mata

(I.P.)

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