São Paulo registra o menor índice de mortalidade infantil da história



Queda na taxa de mortes de crianças menores de um ano foi de quase 50% entre 1995 e 2007

Um balanço da Fundação Seade, com base em dados da Secretaria de Estado da Saúde, indica que o Estado de São Paulo atingiu no ano passado o menor índice de mortalidade infantil de sua história. A taxa ficou em 13,1 óbitos de crianças menores de um ano por mil nascidas vivas, o que representa redução de 11,5% na comparação com 2003, quando o índice era de 14,8. Em relação a 1995, ano em que o índice ficou em 24,6, a queda foi de 46,7%.

Essa diminuição de quase 50% desde 1995 representa mais de 100 mil vidas poupadas. Na região metropolitana de São Paulo, o índice de 2007 foi de 12,9 ante 13,3 no ano anterior, 13,4 em 2005, 14,4 em 2004 e 14,8 em 2003.

Num intervalo de 30 anos, o índice estadual foi reduzido em 82%. Além disso, nenhuma das regiões do Estado registrou índice superior a 19,0 – valor abaixo da média brasileira, que é de 24,9 óbitos, segundo dados do Ministério da Saúde de 2005.

O aprimoramento da assistência ao parto e à gestante, a ampliação do acesso ao pré-natal, a expansão do saneamento básico e a vacinação em massa de crianças pelo Sistema Único de Saúde (SUS) são os principais motivos para a queda do índice de mortalidade infantil (considerado o principal indicador de saúde pública segundo a Organização Mundial de Saúde).

Saneamento básico – Ano a ano, o Estado de São Paulo vem conseguindo reduzir as mortes infantis. Dos 645 municípios paulistas, cerca de 250 apresentaram índice de mortalidade infantil inferior a dois dígitos, comparável ao de países desenvolvidos.

O governo paulista investe em saneamento básico nos municípios que não mostraram bons indicadores. Na Baixada Santista, por exemplo, os investimentos na rede de coleta e tratamento de esgoto somam R$ 1,2 bilhão.

No Estado, onde a situação de saneamento básico é mais avançada que em outras regiões do País, as principais causas de mortalidade infantil estão localizadas nas condições de saúde das mães, no parto, pós-parto e no acompanhamento dos primeiros meses de vida dos bebês. Barretos foi a região que revelou a menor taxa de óbito infantil em 2007, com 10,3 mortes por mil nascidos vivos, seguida por Araraquara, com 10,7, e Presidente Prudente, com 11,0.

Taxa de mortalidade infantil no Estado

(por mil nascidos vivos)

Ano Índice

1995 24,6

2003 14,8

2007 13,1

(Fonte: Fundação Seade)

De Manoel Schlindwein e da Secretaria da Saúde

(M.C.)



08/14/2008


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