Saresp avaliará alunos da rede pública em novembro



Sistema de aprendizado compara as avaliações nacionais

A boa nova da Secretaria de Estado da Educação é a volta do Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp) para o fim de novembro. Destinado aos alunos das 1ª, 2ª, e 4ª séries do ensino fundamental e 3ª série do ensino médio, o Saresp vem com novidades, dentre as quais a comparação com as avaliações nacionais (Prova Brasil e Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). Outra modificação diz respeito à aplicação da prova, que poderá ser dada por um professor da rede estadual, mas não da mesma escola. Isso se deve ao fato de que a secretaria passará a utilizar o Saresp para avaliar o rendimento das escolas e dos profissionais que nelas trabalham.

A secretária estadual da Educação, Maria Helena Guimarães de Castro, ressalta a importância do exame cuja elaboração está sob a responsabilidade da Fundação Carlos Chagas e que prepara a convergência entre a prova e as avaliações federais. “É importante a comparação com as avaliações nacionais para que possamos verificar metas e resultados. Além disso, precisa ser comparado a ele mesmo a cada ano, o que acontecerá a partir de agora. Ou seja, o de 2007, será confrontado ao de 2008, por exemplo”, afirma a secretaria.

Os resultados serão divulgados no início de 2008, para que as escolas utilizem os dados na semana de planejamento pedagógico para aquele ano letivo.  O Saresp é essencial para a secretaria verificar o rendimento escolar dos alunos do Estado, podendo, assim, indicar a necessidade de alterações, no trabalho, se necessárias. A avaliação, não realizada no ano passado, está garantida para 2007. 

Fonte de conhecimento – A menos de dois meses e meio da avaliação, escolas da capital e do interior entram num clima diferente, de comentários, expectativa e intensa movimentação. “O Saresp faz parte do nosso processo pedagógico a partir do início do ano letivo e, modéstia à parte, temos tido bons resultados”, comenta Maria Carolina Jerônimo, diretora da Escola Estadual Oswaldo Aranha, no Brooklin, com quase 1,5 mil alunos, e em funcionamento há quase 50 anos. Lá, quando chega o Saresp, alunos já participaram, no correr do ano, de diversos simulados do Enem, de avaliações interdisciplinares bimestrais, das Olimpíadas de Matemática e de Física, graças ao incentivo dos professores e, em especial, da professora de Matemática, Marianina Atoiantz. “Eles são afiados e desafiados o ano inteiro para a prova do Saresp”. Marianina diz que a avaliação é importantíssima para professores e alunos. “No nosso caso, como temos a avaliação interdisciplinar durante o ano, tudo fica mais fácil, é meio caminho andado”. E, para facilitar ainda mais, a professora de Matemática incrementa as aulas com redações. “Às vezes um aluno da 3ª série não consegue resolver problemas porque tem dificuldades na leitura de um enunciado de Matemática. Aí a questão é de leitura, escrita e interpretação, não de raciocínio e lógica, pontos defendidos fortemente pelo Saresp”.

Os alunos Vanúbia Sena Nogueira, Fagner Mendes de Souza e Carlos Henrique de Oliveira Costa, todos do 3º ano do ensino médio, encaram a avaliação como fonte de conhecimento. “A avaliação externa é importante, uma motivação a mais, por isso nos empenhamos, queremos participar, e ficamos ansiosos quanto aos resultados”, diz Vanúbia. 

Norteador de ações – O que se nota do primeiro Saresp, ocorrido em 1996, até hoje, são o crescimento e o amadurecimento dos profissionais da Educação, de acordo com Wagner Ferreira de Oliveira , diretor da Escola Estadual José Justino de Oliveira, em Santo Antônio do Jardim, na região de Campinas. Com sete mil habitantes, a cidade orgulha-se da sua única escola estadual, onde estudam 500 alunos no ensino fundamental e médio. Para o diretor, o Saresp funciona como instrumento norteador de ações, por meio do qual são obtidos dados individuais do aluno, informações precisas sobre os acertos na metodologia e conteúdos aplicados em sala de aula, além de apontar falhas e possibilitar oportunidades para a reavaliação contínua. Segundo o diretor, no replanejamento realizado em julho a Escola Justino de Oliveira destacou a temática da avaliação, com o objetivo de capacitar e avaliar seus alunos por meio de aplicações  de simulados do Saresp. “Observamos os resultados a fim de conduzir as ações, de acordo com os gráficos de desempenho, realizados por professores e alunos na sala de informática. Aplicamos simulados de 2003, 2004 e 2005 em todas as séries a fim de preparar os jovens para a próxima avaliação”. A idéia é que a estratégia funcione, também, nos meses de setembro e outubro, quando os professores apontarão as dificuldades encontradas, com o intuito de solucionar os problemas. “A comunidade escolar é participativa, os pais cobram da escola as avaliações externas”, diz o diretor.

A 9ª edição do Saresp deverá contar com a participação de quase 4 milhões de estudantes, incluídas as redes estadual, urbana e rural. A rede municipal e particular também pode participar, desde que pelo sistema de adesão. 

Maria das Graças Leocadio

Da Agência Imprensa Oficial 



09/21/2007


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