Sarney, Eike e Eliezer Batista conversam sobre investimentos no Brasil



O presidente do Senado, José Sarney, recebeu, na manhã desta quinta-feira (12), os empresários Eike e Eliezer Batista, do grupo OGX - Petróleo e Gás Participações, com quem conversou sobre os investimentos dessa empresa no Brasil. Na ocasião, Eike Batista falou das dificuldades enfrentadas pelo empresariado com a burocracia nacional. Sarney disse que, há três dias, tratou do mesmo assunto com a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff.

- Explicamos ao presidente Sarney que nós, que empreendemos muito no Brasil, sofremos atrasos em projetos estruturantes, em várias áreas. O Brasil precisa avançar mais nessas áreas todas. E o presidente comentou que essas coisas deviam andar a certa velocidade, mas emperram - relatou.

Como exemplo, Eike Batista contou que, há poucos dias, num projeto para um trecho da estrada Minas-Rio de Janeiro, de 27 quilômetros, foram-lhe requisitadas 27 licenças ambientais, quer dizer, uma licença por quilômetro.

- Então, quando projetos de grande porte, que estão bem engenheirados com a parte ambiental, enfrentam esse tipo de problema, projetos de bilhões de dólares, você não pode parar. E com a exigência de vinte e sete licenças, perdem-se seis meses com um projeto gigante. Então, o resultado econômico final de um projeto desses vai para o vinagre - afirmou o empresário.

Nessa audiência, Eike Batista também falou da termelétrica que sua empresa constrói no Maranhão, dando detalhes da obra ao presidente do Senado. Ele disse que outra empresa do seu grupo, a OMX, vai investir R$ 2 bilhões nos próximos dois anos e meio na exploração de petróleo no Brasil, quantia que ultrapassa os investimentos de todas as outras empresas do gênero, fora a Petrobras.

Nessa mesma entrevista, o pai de Eike, Eliezer Batista, comentou a crise financeira internacional , classificando-a como uma entropia (medida da quantidade de desordem dum sistema).

- Este é um sistema que começa a desagregar e para reagregá-lo vão ser necessários estadistas de porte mundial que juntem todas essas peças - afirmou Eliezer.



12/02/2009

Agência Senado


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