Saúde: Coral humaniza tratamento dos pacientes do CRT-Aids na capital
Coral Canto Livre foi criado há dez anos
O coral Canto Livre, criado há dez anos, é uma iniciativa para humanizar o tratamento de pacientes do Centro de Referência e Treinamento em Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids (CRT/Aids), na Vila Mariana, capital.
O grupo prima pelo repertório popular, composto de canções da MPB e outras do Folclore nacional. São músicas de conhecimento público. Seu maestro, desde o início, é Roberto Anzai, formado em regência pela Unesp. "Quando fui convidado, nem mesmo conhecia o CRT/Aids. Gostei tanto que estou lá até hoje", recorda.
A formação do coral é flutuante. Pessoas entram e saem a todo o momento. Além de funcionários, participam pessoas da comunidade (voluntários) e pacientes. No início, eram 35 cantores; hoje, 25. O número, porém, pode mudar a qualquer instante.
"Nossa proposta é exatamente esta: renovar, ser um canal de expressão para quem deseja participar", justifica Anzai. Um dos grandes momentos do grupo, recorda o maestro, foi a montagem, há alguns anos, de duas apresentações que combinaram música e teatro. Uma delas homenageou Noel Rosa; a outra, aos cantores da Jovem Guarda. Para esses desempenhos, contaram com a ajuda de pacientes do CRT/Aids ligados às artes cênicas.
Repertório
As principais músicas do repertório do Canto Livre são Ciranda de Pernambuco (floclore), Ai que saudades docê (Vital Farias), Berimbau (Baden Powell e Vinícius de Morais), Alguém cantando (Caetano Veloso), Cajuína (também de Caetano), Água de beber (Tom Jobim) e Caçador de mim (Luís Carlos Sá e Sérgio Magrão).
A assistente-administrativo Diva Maturana, funcionária do CRT/Aids, é soprano (voz aguda feminina) do coral desde o início. Anzai brinca, dizendo que ela é seu braço direito e esquerdo". Diva é a maior incentivadora do Canto Livre e cuida pessoalmente da agenda de apresentações. Lembra com carinho dos trabalhos sobre Noel Rosa e da Jovem Guarda, e uma apresentação especial no Centro de Referência do Idoso, em São Miguel Paulista, no ano passado. "Antes de abrir a boca, sentimos frieza na platéia. Minutos depois, todos aplaudiam, cantavam com a gente e o público
07/21/2006
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