Saúde e Juventude são discutidas em seminário internacional



Com o objetivo de promover o debate sobre os direitos sexuais e reprodutivos de adolescentes e jovens, o Ministério da Saúde realiza, até sexta-feira (18), o Seminário Internacional ‘Saúde, Adolescência e Juventude: promovendo a equidade e construindo habilidades para a vida’.

O evento, que conta com a parceria do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e da Secretaria Nacional de Juventude da Presidência da República, reune, em Brasília, cerca de 250 especialistas de 13 países para trocar conhecimentos e experiências sobre a construção de habilidades entre adolescentes e jovens para a tomada de decisões voluntárias no exercício da sexualidade e na vida reprodutiva – com especial atenção para a gravidez não planejada e para as DST/Aids.

O ministro Gilberto Carvalho, responsável pela pasta da Juventude, disse que existe uma preocupação com os jovens que consomem excessivamente drogas e álcool, além dos altos índices de gravidez na adolescência e destacou a importância da parceria com o sistema ONU.

Com o tema em torno da garantia de direitos “para que adolescentes e jovens escolham sua hora”, o evento vai abordar ações de construção de habilidades entre adolescentes e jovens para a tomada de decisões voluntárias e responsáveis no exercício da sexualidade e vida reprodutiva. Um dos principais objetivos desse processo estão na gravidez não planejada e na prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, como aids e hepatites virais.

Entre os países convidados estão Argentina, Colômbia, Cuba, El Salvador, Equador, Etiópia, Guiana, Moçambique, Nigéria, Peru, Tailândia, Uruguai e Venezuela. A articulação da atividade é resultante de uma parceria com o governo brasileiro que integra os esforços globais do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) no âmbito da estratégia “Reconhecendo o Potencial da População Jovem”.

Para o secretário de Atenção à Saúde, Helvecio Magalhães, o seminário é um momento de compartilhamento de boas práticas desenvolvidas pelos países, além de ser uma oportunidade de mostrar os esforços do Brasil na área. “Este público há muitas particularidades. Estamos falando de 51 milhões de brasileiros. Por isso temos que ir onde o jovem e o adolescente estão para que a política se molde às necessidades deles. Esta é uma agenda estratégica que acontece em boa hora”, disse.

Para Teresa Delamare, coordenadora da Saúde do Adolescente e do Jovem, do Ministério da Saúde, houve avanços no atendimento aos adolescentes e jovens, e o seminário proporcionará novas perspectivas e alternativas em relação a como trabalhar com esta população. ”Temos conquistado muitos avanços com a expansão da estratégia saúde da família e do Programa Saúde na Escola (PSE), por exemplo. Há uma adesão de 85% dos municípios brasileiros no PSE. É uma excelente oportunidade de trabalhar saúde e escola em um ambiente onde o aluno passa pelo menos quatro horas diárias”, disse.

Debate

Com o lema “Construindo habilidades para a vida”, o seminário propõe a discussão de políticas públicas e programas no campo da saúde sexual e reprodutiva de adolescentes e jovens, além da elaboração de estratégias conjuntas para se alcançar o 5º Objetivo do Desenvolvimento do Milênio (ODM), que é reduzir em 75%, até 2015, a taxa de mortalidade materna e de deter o crescimento da mortalidade por câncer de mama e de colo de útero.

Estão programadas conferências e sessões de trabalho, além de espaços para encontros estratégicos entre os participantes, que terão a oportunidade de discutir como aprimorar as capacidades institucionais – no setor saúde e demais setores – para o reconhecimento e a inclusão das necessidades e expectativas em saúde de adolescentes e jovens nas políticas, ações e programas, bem como o monitoramento de políticas para esse público com foco em saúde sexual e reprodutiva.

Atenção à saúde

Atualmente, os adolescentes e jovens representam 51 milhões de pessoas na faixa etária de 10 a 24 anos (37% da população brasileira). Dados epidemiológicos evidenciam que as vulnerabilidades em relação à saúde são agravadas quando consideradas as desigualdades relacionadas às questões de raça/cor, gênero e orientação sexual e as questões econômicas e sociais. O impacto em sua saúde se reflete especialmente na saúde sexual e saúde reprodutiva, saúde mental, uso abusivo de álcool e outras drogas, violências e acidentes.

A área da Saúde de Adolescentes e Jovens do Ministério da Saúde busca integrar, na política do Sistema Único de Saúde (SUS), as estratégias de redução das vulnerabilidades e melhoraria da qualidade da atenção à saúde da população adolescente e jovem brasileira. Tem como diretrizes o fortalecimento da promoção da saúde e a reorientação dos serviços para fortalecer a assistência a essa população. Para isso, atua em quatro eixos fundamentais: acompanhamento do desenvolvimento dos adolescentes e jovens; atenção integral à saúde sexual e reprodutiva; prevenção ao uso abusivo de álcool e outras drogas; e redução da mortalidade por causas externas.

Entre as ações desenvolvidas, há a mobilização junto aos estados e municípios para qualificação dos serviços de saúde para a atenção integral à saúde de adolescentes na Atenção Básica?, fortalecimento de programas do Ministério da Saúde (MS), como Rede Cegonha e Rede de Atenção Psicossocial (RAS), com ênfase no crack, álcool e outras drogas, Programa Saúde na Escola (PSE) e no enfrentamento das situações de violências e acidentes com a implantação da ‘Linha de Cuidado para Atenção Integral à Saúde de Crianças, Adolescentes e suas Famílias em Situação de Violência’, buscando a inclusão da população juvenil nessas ações prioritárias. Já o PSE, que promove a atenção integral à saúde de crianças, adolescentes e jovens do ensino público, já alcançou 79.860 escolas em 4.842 municípios, com a atuação de 29.773 Equipes de Saúde da Família.

O Ministério da Saúde também estimula a participação juvenil e a formação de jovens promotores de saúde para atuarem na prevenção das violências e no combate ao uso abusivo de álcool e outras drogas.

Transmissão ao vivo

As atividades do seminário estão sendo transmitidas ao vivo pelo Participatório. Ao longo da programação acontecem duas conferências e 11 sessões de trabalho, além de espaços para encontros estratégicos entre os participantes governamentais, organizações, redes e lideranças juvenis do Brasil e do exterior.

Confira a programação aqui:

 

Fontes:

Secretaria Nacional de Juventude
Blog da Saúde 



17/10/2013 16:29


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