Saúde: HC de Ribeirão Preto triplica número de vagas com nova unidade de diálise
Espaço amplo possibilitará atendimento a 108 pacientes, em vez dos 42 atualmente assistidos
O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto vai, praticamente, triplicar a capacidade de atendimento da sua unidade de diálise, com a inauguração, dentro de dois meses, de um espaço amplo.
As instalações, com área de 635 metros quadrados, serão quase oito vezes maiores do que aquela que funciona nas dependências da Unidade de Transplante Renal. Além de humanizar ainda mais o atendimento de pessoas com insuficiência renal, o local desafogará um serviço até então realizado "com a sua capacidade máxima", informa o médico nefrologista José Abrão Cardeal da Costa, chefe da Unidade de Diálise.
O setor está vinculado ao Serviço de Nefrologia, que desde 2005 é centro de referência para tratamento renal, credenciado pelo Ministério da Saúde. A mudança para as novas instalações busca atender ao compromisso assumido na época do credenciamento: proporcionar suporte a pelo menos 80 pacientes em tratamento crônico de hemodiálise.
Atualmente, a capacidade de atendimento da unidade é de 42 doentes. No novo prédio, esse número passará para 108. "Vamos ter uma sala específica para atenção às crianças, com capacidade de atendimento de até 12 delas em tratamento dialítico. As demais vagas serão para pacientes adultos", observa Costa. Em Ribeirão Preto, o tratamento de hemodiálise pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é encontrado ainda nos hospitais São Paulo, Beneficência Portuguesa e no Serviço de Nefrologia de Ribeirão Preto (Senerp).
Mais conforto
Além de aumentar a oferta de vagas, a ampliação do espaço deve proporcionar mais conforto aos assistidos. O portador da doença crônica precisa fazer sessões de diálise que duram pelo menos 12 horas por semana.
Na unidade em funcionamento no HC de Ribeirão Preto, esse tempo é dividido em três períodos de quatro horas. As salas do local são distribuídas conforme o diagnóstico sorológico do paciente. Aquele que apresenta, por exemplo, sorologia positiva para os vírus das hepatites B ou C tem de receber procedimentos em sala diferenciada.
Para ampliar a capacidade de atendimento da Unidade de Diálise, será necessária a instalação de novos equipamentos. As máquinas de hemodiálise devem ser recondicionadas ou substituídas depois de 6 mil horas de uso. A proposta de renovação prevê a aquisição de 18 máquinas e a instalação do sistema de osmose reversa para tratamento da água.
Instalada no primeiro andar do HC, a unidade comportará salas de hemodiálise, diálise peritonial contínua ambulatorial (ler boxe) e recuperação. O espaço abrangerá, ainda, consultórios médicos, uma sala de reunião científica e outra de manutenção dos equipamentos médicos. Além disso, haverá recepção, sala de espera e uma copa especialmente para a refeição dos pacientes. O quadro de funcionários também foi ampliado de 46, em julho de 2005, para 67.
As novas instalações são modernas e atendem, segundo o chefe da unidade, "tudo o que é importante e está nas normas do Ministério da Saúde para uma unidade de hemodiálise". O espaço recebe pessoas encaminhadas pela Divisão Regional de Saúde (DIR) 18 e por outras regionais para tratamento em diálise peritonial. No HC de Ribeirão Preto, são oferecidas todas as modalidades terapêuticas para insuficiência renal aguda, que inclui a possibilidade de transplante renal.<
01/21/2007
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