Saúde: Vacinação anti-rábica de cães e gatos na capital paulista termina domingo
Das 6,1 milhões de doses contra a doença a Secretaria da Saúde destina 1,1 milhão à cidade de São Paulo
O Estado de São Paulo comemora, em 2006, cinco anos sem registro de casos de raiva humana. Para manter a população livre do problema, a Secretaria da Saúde programou a distribuição de 6,1 milhões de doses de vacina contra a doença para todos os municípios paulistas. Somente para a cidade de São Paulo destina 1,1 milhão de doses.
Na capital, a campanha de imunização de cães e gatos começou no dia 7 e vai até o dia 20. No interior, as prefeituras decidem as melhores datas, entre agosto e setembro, para imunizar os animais. Em 2005, por exemplo, foram imunizados mais de 4,8 milhões de cães e quase 680 mil gatos.
A última ocorrência da doença foi registrada em 2001, no município de Dracena, região de Presidente Prudente. A vítima, uma mulher, foi atacada por um gato que havia caçado um morcego infectado. Por isso é importante que, durante as campanhas de vacinação, a população leve também os gatos aos postos, não apenas os cachorros. "Os felinos são mais predadores e estão mais sujeitos a morder um morcego contaminado", afirma Neide Takaoka, diretora do Instituto Pasteur, órgão da secretaria, referência para a raiva em todo o Brasil.
Essa preocupação se justifica pela mudança no perfil epidemiológico da raiva em São Paulo. Até o final da década de 90, os cães eram responsáveis pela transmissão da maioria dos casos em humanos, papel que passou a ser desempenhado pelos morcegos hematófagos (que se alimentam de sangue).
Pasteur é o maior centro de vacinação de SP
O Instituto Pasteur iniciou a imunização contra a raiva, de forma coordenada, em 1975. Naquela época, qualquer pessoa mordida por cão, gato ou morcego, precisava tomar cerca de 20 vacinas na barriga para ficar imune à doença. Atualmente, são necessárias cinco doses no braço. As vacinas são aplicadas em qualquer suspeita e buscam impedir a aparição do mal. As doses em humanos são injetadas em casos de pós-exposição (pessoas que tiveram qualquer tipo de acidente com mamíferos), mas estão disponíveis também em casos de pré-exposição, para veterinários, funcionários de canis, laçadores de cães e ecoturistas. Nesse último caso, são aplicadas apenas três doses.
Considerado o maior centro de vacinação - não apenas contra raiva - da cidade de São Paulo, o Instituto Pasteur funciona diariamente das 8 às 20 horas, inclusive aos sábados, domingos e feriados. O telefone para contato é (11) 3288-0088.
Da Assessoria de Imprensa
08/15/2006
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