Schneider diz que governo do PT faz pedágio dobrar



 

Ao criticar novamente o governo do Estado, pela elevação dos pedágios em 18%, o deputado Elmar Schneider(PMDB), disse que esta questão “corresponde a mais uma das tantas promessas de campanha que entraram na “moratória das promessas“ decretada pelo governador Olívio Dutra quando empossado. Segundo a plataforma petista, os pedágios seriam revisados ou encerrados, pelo “absurdo” que representavam.

De acordo com Schneider, o que se viu posteriormente foi uma completa quebra de discurso, na medida em que o novo secretário dos Transportes, Beto Albuquerque, após vociferar e alardear contra a cobrança de pedágio, obteve resultados tíbios e pífios depois de uma fracassada tentativa de renegociação das tarifas.

“Este governo não só não baixou os pedágios como passou a cobrar ida e volta. Agora, no momento em que a gasolina baixou seus preços, joga sobre os rio-grandenses um novo acordo com as concessionárias, um acordo revisado e diferente daquele acertado no governo anterior. O governo do PT, a pretexto de estar cumprindo aquilo deixado pela administração anterior, apresenta um novo contrato com as empreiteiras. Estranho que não queiram cumprir outros contratos, como o firmado com a Ford e outros que previam a construção de acesso asfáltico a todos os municípios”, recordou o peemedebista.

Ressaltou que a sociedade gaúcha, que deverá pagar a conta, não foi informada que após a brilhante “renegociação do PT”, a tarifa nominal dos pedágios para veículos normais seria dobrada, já que oe o aumento nominal dos pedágios é de 100,39 %, portanto, dobra, correspondendo a um aumento real de 36,7 %. Havendo uma inflação anual de 6%, o reajuste nominal dos pedágios, em 01.01.04, chegará a 138,67 %.

É possível constatar, portanto, uma diferença fantástica entre o prometido pelo governador Olívio Dutra na campanha e a atuação de seu secretário dos Transportes. Segundo Schneider, as informações aqui constantes têm por base o PL 262/2000, de iniciativa do Poder Executivo, que deu origem à lei 11.545, sancionada pelo governador Olívio Dutra, onde consta o detalhamento das questões aqui levantadas.

Assim, finalizou Elmar Schneider, para que houvesse um acerto entre o governo e as concessionárias, precisaria ter ocorrido uma alteração contratual, onde ficou definido que, para veículos de passeio, além da inflação, nos meses de janeiro de 2002, 2003 e 2004, haveria uma ‘recomposição tarifária’. 10,6% do atual reajuste de 18% prendem-se exatamente a esta recomposição. Sem a renegociação, o reajuste seria de, no máximo, 6,5%, ou aproximadamente a inflação estimada no período. Além disso, pelo novo contrato, estão previstas recomposições tarifárias de 10,8 e 11,4% nos dois próximos anos. A alteração estabelece um aumento real, fora a inflação, superior a 36% até 2004.


01/08/2002


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