Schneider: falta de gerenciamento causa prejuízos ao setor agrícola gaúcho
“A falta de gerenciamento administrativo aliada a visão ideológica e estritamente política do atual governo está levando o Estado ao caos. Nunca o setor agrícola gaúcho foi tão penalizado pela negligência, desorganização e pela troca de prioridades. O governo do PT está enterrando o sonho de uma agricultura moderna, competitiva e com melhor qualidade de vida aos pequenos agricultores”.
Esta é a constatação do líder partidário em exercício do PMDB na Assembléia Legislativa, deputado estadual Elmar Schneider, que acusa o governo pelos sérios prejuízos econômicos causados pelo ressurgimento da febre aftosa e pelo cancelamento tardio das exposições agropecuárias e os remates particulares.
O peemedebista ressaltou também que faltou transparência e confiança para tratar com seriedade a suspenção das feiras. “A postura do governo foi arrogante e desrespeitosa pois não teve a humildade e o senso público de reunir os organizadores e traçar em conjunto soluções para diminuir as perdas com o cancelamento das exposições”.
Schneider acredita ainda, que a administração estadual perdeu muito tempo travando uma briga, meramente política, com o governo federal. “Talvez se num primeiro momento houvesse a serenidade pública de somar esforços para atacar o problema, pudéssemos evitar um prejuízo tão grande como está ocorrendo em todo o Rio Grande do Sul. O pior é que além das perdas internas dos produtores e das exposições, há também um enorme prejuízo com as exportações de carne e derivados do RS ”.
Além disso, o deputado não poupa críticas ao atrelamento do governo Olívio Dutra ao MST. “Não sou contra a reforma agrária, pelo contrário, sou autor de uma lei – “Cadastro dos Filhos da Terra” – que visa organizar e moralizar o processo de assentamentos. No entanto, a prioridade imediata hoje é tratar da erradicação da aftosa, das indenizações e do futuro da agricultura em nosso Estado", afirma.
O deputado acrescenta ainda que "um governante sério deve centralizar suas ações políticas e técnicas com agilidade e responsabilidade social para amenizar as perdas dos produtores. Mas infelizmente, o governo petista prefere proteger a baderna promovida pelos que querem massacrar a democracia e as leis a investir na construção de um Estado moderno, com uma agricultura pujante, competitiva, que garanta prosperidade aos nossos agricultores”.
09/18/2000
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