Secretaria das Mulheres participa do VIII Congresso Brasileiro de Saúde, Cultura de Paz e Não-Violência



A ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Iriny Lopes, participou nesta terça-feira (12) do VIII Congresso Brasileiro de Saúde e Cultura de Paz e Não-Violência. Promovido pelo Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, o evento acontece em Brasília.

Durante palestra, a ministra comentou as formas e o processo de violência contra as mulheres e relatou que as sequelas dessas ações vão desde lesões agudas físicas, por uso de armas, socos, pontapés, tentativas de estrangulamento, queimaduras, inflamações, sacudidas, contusões, hematomas em várias partes do corpo, entre outros; a doenças venéreas (DSTs/Aids), infecções urinárias e vaginais e gravidez, no caso de violência sexual.

A gravidez indesejada é encarada como uma segunda violência, intolerável para muitas mulheres, com grande impacto sobre o seu estado psicológico e físico, disse a ministra. Iriny Lopes lembrou que ansiedade, medo, confusão mental, fobias, insônia, pesadelos, sentimento de culpa, baixa auto-estima, comportamento autodestrutivo (uso de álcool e drogas), depressão e tentativas de suicídio também são sequelas que dificilmente são vencidas. A vítima acaba enfrentando o isolamento social, uma quase morte, pois deixa de conviver de forma saudável.

A ministra reafirmou que o apoio e tratamento apropriados, pela equipe de saúde e família e amigos, podem evitar o prolongamento e a cronicidade das manifestações na saúde das vítimas de violência.


Notificação compulsória

Para Iriny Lopes, a notificação compulsória de casos de violência doméstica e sexual em toda a rede de saúde pública e privada tem repercussão estratégica e é um instrumento fundamental para o acompanhamento, entendimento, busca de justiça, garantia de direitos e preservação da vida das mulheres atingidas. A notificação vai além da coleta de informações epidemiológicas e se constitui na garantia de direitos, de preservação de saúde e vida, assim como articulação e integração de rede de proteção social e de atenção integral à saúde.

A ministra lembrou que muitas vezes as vitimas acabam sendo mortas antes mesmo do término do processo. Com a notificação compulsória, há a identificação da gravidade da exposição ao risco de morte e é possível a intervenção das autoridades, evitando o pior. Nos casos de abuso sexual a repercussão é ainda mais importante, pois além de permitir a intervenção imediata, possibilita o acesso a informação antes não registrada, para definir as estratégicas de ação das políticas públicas. “Para além da violência de gênero, há a violência de raça que atinge as mulheres negras e indígenas e não somente elas. A violência do racismo acontece todos os dias e de forma ininterrupta”, afirmou Iriny Lopes.


Fonte:
Secretaria de Políticas para as Mulheres



13/07/2011 17:07


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