Secretaria de Direitos Humanos propõe acordo contra turismo sexual na Amazonia
A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH) solicitou nessa segunda-feira (11) informações oficiais sobre as denúncias de turismo sexual no Brasil envolvendo uma empresa norte-americana de turismo. O objetivo é usar as informações para elaborar um diagnóstico sobre o caso, para que o governo possa responsabilizar os envolvidos no episódio e prevenir o turismo sexual no País. Nos últimos dias, denúncias revelaram um esquema de venda de “pacotes” sexuais turísticos por uma empresa norte-americana de turismo de pesca na Amazônia.
A Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM), responsável por ações do governo nesses casos, também se manifestou nessa segunda-feira e afirmou que vai propor um Acordo de Cooperação pelo fim da Exploração Sexual, entre o governo federal e os estados da Amazônia Legal, para ampliar a fiscalização de empresas de turismo de pesca que atuam na região da Amazônia.
Em nota, a ministra afirmou que vai se reunir com os ministros Luiz Sérgio, da Pesca, Nelson Jobim, da Defesa, Antônio Patriota, das Relações Exteriores, José Eduardo Cardoso, da Justiça, e Carlos Luppi, do Trabalho e com o presidente da Funai, Márcio Meira, para discutir o assunto. Segundo a secretaria, a decisão foi tomada, nesta segunda-feira (11), em reunião com a Polícia Federal e o Ministério Público Federal, e em acordo com a ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos.
“De acordo com o Ministério Público Federal, as provas são contundentes. A ação penal contra a empresa Wet-A-Line, do americano Richard Schair, corre na 4ª Vara Federal do Amazonas e encontra-se na fase da citação dos cinco denunciados”, esclarece a nota.
A SDH também solicitou informações à Defensoria Pública e à Polícia Federal (PF) sobre o caso e afirmou que deverá acompanhar as investigações para evitar que o processo seja paralisado.
Segundo investigações da Polícia Federal, ao menos 15 meninas foram vítimas de estupros e aliciamento nas viagens promovidas pelo proprietário da agência norte-americana. A empresa, segundo a investigação, utilizava iates luxuosos, camuflados de pesca esportiva para estrangeiros.
A Wet-A-Line Tours também é alvo de um processo no Estado da Geórgia, nos Estados Unidos, pela mesma prática, segundo a SPM.
Fonte:
Secretaria de Direitos Humanos
12/07/2011 11:05
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