Secretaria Estadual do Emprego e Relações do Trabalho lança Programa Time do Emprego



Experiência inicial empregou 82% dos participantes do programa

De um lado, a alta tecnologia e a demanda por profissionais altamente especializados. De outro, trabalhadores cujas funções se tornaram superadas, desempregados. O alto preço que profissionais pouco qualificados pagam pela inovação tecnológica e pela substituição de mão-de-obra é tema de inúmeras discussões e tira o sono de governos e especialistas. Experiências em vários países da Europa e Estados Unidos têm servido de exemplo para retirar do desemprego milhares de trabalhadores expulsos pelas novas regras do mercado. Uma experiência bem sucedida foi a do clube do emprego do Canadá. O método foi criado depois de uma enorme crise de desemprego que vitimou 30% dos metalúrgicos no final da década de 80. Trabalhadores que já haviam sido demitidos e conseguiram dar a volta por cima passaram a receber treinamento para se transformar em facilitadores. Eles seriam encarregados de preparar os desempregados para se recolocarem rapidamente no mercado. Os job clubs foram um sucesso: 90% dos desempregados acharam novo emprego. Trocar experiências, habilidades, recuperar a auto-estima e promover a solidariedade no grupo foram alguns dos métodos adotados também pelo Time do Emprego no Brasil. O Time do Emprego é resultado do Projeto de Transferência de Tecnologia e Desenvolvimento de Recursos Humanos em São Paulo - Brasil/Canadá, firmado em junho de 1998. A fase de treinamento Também em São Paulo foram adotados os “facilitadores” para a tarefa de ensinar o trabalhador desempregado a transformar sua realidade, adotando uma atitude pró-ativa diante do problema. Considerados os “jogadores-chave”, eles são trabalhadores como os demais, passaram ou ainda passam pelo problema do desemprego, sabem muito bem compreender a situação vivenciada pelos colegas e mostram maior agilidade para lidar com o problema. Com um papel decisivo, os facilitadores coordenam as atividades desenvolvidas pelo grupo, buscando uma nova oportunidade de emprego para todos, inclusive para si próprio. Durante sete dias úteis, em período integral, eles são treinados por técnicos qualificados da Secretaria na aplicação de técnicas pedagógicas para trabalhar com o público específico de desempregados adultos. Seu aprendizado inclui a elaboração de planejamento financeiro, ensinar a trabalhar por conta própria e outros métodos que vão orientar os desempregados a buscar uma vaga no mercado de trabalho. Os facilitadores deverão demonstrar aos integrantes do Time do Emprego como fazer currículos, preencher formulários de seleção, e participar de dinâmicas semelhantes às realizadas pelas empresas. Eles devem estar preparados para montar uma verdadeira oficina do emprego, onde se ensinarão fórmulas eficientes para encontrar uma oportunidade no mercado. A estratégia do time A experiência inicial da Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho com o Time do Emprego foi realizada com um grupo de desempregados cadastrados no Posto de Atendimento ao Trabalhador (PAT) de Guarulhos, em janeiro de 2000. O projeto piloto teve a participação de 25 pessoas e conseguiu colocar no mercado 82% dos seus participantes. O primeiro Time do Emprego para valer foi formado no início de fevereiro nas Frentes de Trabalho. Ele é composto por cerca de 300 trabalhadores que estão sendo preparados para conseguir um emprego até o fim do contrato com as Frentes, cujo prazo é de 9 meses. Este grupo se organiza em 15 turmas, com cerca de 25 integrantes cada. que se reúnem uma vez por semana durante três horas, para simular dinâmicas de grupo, realizar a análise de perfil de cada um, elaborar currículos e receber orientação para desenvolvimento de trabalho por conta própria. A preparação dura 16 semanas. Desempregados há pelo menos um ano - condição para participar das Frentes de Trabalho - os bolsistas são, em sua maioria, pessoas de baixa renda, mulheres com responsabilidade de sustentar a família e muitas vezes pessoas com mais de 40 anos, com dificuldade para se reintegrar no mercado de trabalho, mas com muita vontade de trabalhar. Garra para vencer as dificuldades e fé no Time do Emprego são as duas armas em que aposta a bolsista Ana Quintino Corrêa, 56 anos, casada, um filho, para arranjar um emprego. “Aqui vou aprender muitas coisas que ainda não sei. Nunca mandei um currículo porque nunca tive um. Agora vou aprender como me apresentar para uma entrevista e arrumar um trabalho”, acredita. O caminho do sucesso O Time de Emprego procura combinar o perfil do desempregado e as características mais adequadas da oportunidade de emprego. Para isso, procura vagas nos Postos de Atendimento da Secretaria, em anúncios de jornais, agências de emprego e diretamente nas empresas, onde um grupo de desempregados vai pessoalmente levar mini-currículos de todo o Time. “Queremos aumentar o percentu

02/23/2001


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