Segurança: Polícia Militar divulga estratégia para combater ataques a ônibus



Policiais do grupo de elite da PM ficarão à paisana dentro de ônibus para garantir a integridade dos usuários e dos coletivos

Um grupo de elite da Polícia Militar à paisana será colocado dentro de alguns ônibus para garantir a integridade dos usuários e dos coletivos. Esses policiais treinados estarão em ônibus nos locais mais atacados nos últimos dois dias. A decisão foi tomada na manhã desta terça-feira, dia 13, em reunião no Comando da Polícia Militar de São Paulo.

A Polícia Militar e a Prefeitura de São Paulo concentrarão os esforços nos 20 principais corredores e garagens, que terão apoio no policiamento.

O comandante geral da PM, coronel Elizeu Eclair Teixeira Borges, afirmou que a vida do usuário deve sempre ser preservada. "Não é importante prender ninguém se a vida do usuário estiver em perigo. Nossos policiais não podem reagir enquanto houver algum civil dentro dos ônibus", afirmou.

De acordo com Eclair, a área de atuação dos criminosos já foi mapeada, o que facilita o planejamento. "Agora sabemos onde foi queimado cada ônibus, quantos foram e em que local. Nós observamos cada item e percebemos que os locais das ações ficavam perto de favelas ou com fácil meio de fuga. Isso permite que concentremos o planejamento nos locais mais atacados", disse.

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, disse que não vai deixar que os criminosos paralisem a cidade, parando o transporte coletivo. Para isso, vai dar o apoio que for necessário à Polícia. "A partir de agora, um grupo de trabalho foi criado para integrar as ações da Secretaria de Transportes e da PM, no sentido de partir para um enfrentamento rigoroso contra o crime organizado".

A Secretaria de Segurança Pública divulgou, às 15 horas desta quinta-feira, dados atualizados dos ataques a alvos civis e da Polícia no Estado de São Paulo. No total, foram registradas 102 ocorrências contra 118 alvos, destes 65 eram ônibus e 16 estabelecimentos bancários. Outros dois criminosos foram presos, aumentando para sete o número de detidos desde a noite de terça-feira, início dos ataques.

Participaram da reunião, além do prefeito de São Paulo e do comandante geral da PM, o secretário municipal de Transportes, Frederico Bersinger, o presidente da São Paulo Transportes (SPTrans), Ulrich Hoffman, e o presidente da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), Roberto Scarigella.

Fonte: Site da Secretaria

07/13/2006


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