Seminário mostrou importância da Comunicação do Senado
A Secretaria de Comunicação do Senado realizou no dia 22 de março um seminário para discutir seu papel e subsidiar um planejamento estratégico para os próximos oito anos. Durante o evento, prestigiado pelo presidente da Casa, José Sarney, os professores e jornalistas convidados ressaltaram a qualidade e o alcance da informação prestada pelos meios de comunicação do Senado.
- A mídia do Senado é muito importante e poderosa. Somente a Agência Senado teve 19,2 milhões de acessos [na internet] em 2009. Produz cerca de mil reportagens por mês, uma média de 50 por dia, chegando a 80 nos dias de pico - afirmou a colunista do jornal Folha de S. Paulo, Eliane Cantanhede, que mediou o evento.
Alon Feuerwerker, colunista do jornal Correio Braziliense, lembrou que as mídias próprias do Senado assumiram parte da cobertura institucional que era realizada pela mídia privada. Esta, agora, tenta encontrar seu caminho em reportagens mais críticas, ou analíticas. Ele também destacou a qualidade da informação dos veículos do Senado.
O jornalista Gustavo Krieger, da FSB Comunicações, exaltou a credibilidade adquirida pelos veículos de comunicação do Senado. Ele afirmou que os meios de comunicação do Senado só manterão essa credibilidade se não transparecerem para o público que suas notícias e reportagens tentam fazer algum tipo de propaganda ou publicidade.
A diretora da TV Globo em Brasília, Silvia Faria, disse que tem um aparelho em seu escritório permanentemente ligado na TV Senado. Ela também afirmou que utiliza a Agência Senado para apurar detalhes de projetos aprovados pela Casa, e qualificou a informação de "extremamente confiável".
- Para nós da Globo, o problema é que o jovem hoje não assiste TV, ele navega na internet. Esse é um desafio que temos que enfrentar - disse Silvia.
Já o jornalista e empresário Manoel Fernandes, da Revista Bites, chamou a atenção para o pouco aproveitamento, pelo Senado e seus meios de comunicação, das novas tecnologias disponíveis. Ele sugeriu que esses veículos atuem com mais organização na rede mundial de computadores, a internet. Para ele, é necessário ver esse novo mundo tecnológico "de maneira estruturada".
Para a professora Mariângela Furlan, da Universidade de São Paulo (USP), impõe-se a necessidade de a Casa refletir sobre o objetivo dos meios de comunicação do Senado. Ela lembrou que o Brasil tem 200 milhões de habitantes e os meios de comunicação do Senado acessam somente uma elite.
O jornalista Cássio Politi, do site Comunique-se, afirmou que a hora para discutir o planejamento estratégico do Senado é muito boa, já que os veículos estão em funcionamento há cerca de 15 anos, e sugeriu que se criem formas de medir o desempenho de cada um dos veículos, de acordo com os objetivos almejados.
Os palestrantes, de forma geral, se disseram contrários à criação de um conselho editorial para estipular diretrizes da comunicação do Senado. Mas o professor Murilo Ramos, da Universidade de Brasília - e que faz parte do Conselho Curador da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC) -, ressalvou que a existência de várias correntes políticas no Senado poderia funcionar, no caso de adoção de um conselho editorial, como uma ferramenta de autocorreção de rumos.
12/04/2010
Agência Senado
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