Senado aprova requerimento de pesar pela morte de Plínio Ramos Coelho



O Senado aprovou requerimento de pesar pelo falecimento do ex-governador do Amazonas Plínio Ramos Coelho, ocorrido neste domingo (dia 5), em Manaus. Ele tinha câncer no pulmão, e vinha lutando contra a doença há dois anos. O corpo do ex-governador foi velado no Centro Cultural Palácio Rio Negro, em Manaus, e cremado na tarde desta segunda-feira (dia 6) em São Paulo. Apresentado pelo senador Bernardo Cabral (PFL-AM), o requerimento foi subscrito pelos senadores Gilberto Mestrinho (PMDB-AM) e Jefferson Péres (PDT-AM).

- Ele se elegeu governador aos 35 anos, em uma campanha que tinha como lema "o tostão contra o milhão". Mesmo assim conseguiu derrotar a oligarquia política que ao longo dos anos vinha tomando conta do estado - relembrou Bernardo Cabral. Segundo o senador, a morte de Plínio Ramos Coelho deixa o estado empobrecido. Cabral observou que o ex-governador, além de político, foi jornalista, advogado, escritor e poeta.

Nascido em Humaitá (AM), Plínio Ramos Coelho foi deputado estadual constituinte, deputado federal, governador por duas vezes e membro da Academia de Letras do seu estado. Em seu primeiro mandato como governador (1955 a 1958), nomeou Bernardo Cabral como chefe de polícia e, posteriormente, secretário de Interior e Justiça. Gilberto Mestrinho foi nomeado prefeito de Manaus.

O senador Nabor Júnior (PMDB-AC) disse que Plínio Coelho deixa um exemplo de probidade e de como se conduzir no exercício das atividades políticas e cargos eletivos. O senador registrou que, apesar de ter ocupado os principais cargos públicos do Amazonas, o ex-governador era um homem reconhecidamente pobre. Nabor lembrou ainda que Plínio Coelho foi o último governador ser cassado pelo regime militar de 1964.

Já o senador Jefferson Péres (PDT-AM) destacou que Plínio Coelho, ao assumir o governo do Amazonas pela primeira vez, encontrou o estado em meio a uma profunda crise, com pobreza generalizada e atraso no pagamento do funcionalismo. "Ele soergueu as finanças estaduais e fez um governo de grandes realizações", afirmou Jefferson, acrescentando que depois da redemocratização do país, Plínio Coelho chegou a disputar algumas eleições mas não foi bem sucedido. "Acabou abandonando a vida pública".

06/08/2001

Agência Senado


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