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Com a mudança da capital do Rio de Janeiro para Brasília, teve início a organização da corporação na cidade, em 1960. Nesse mesmo ano, conforme registros dos arquivos da corporação, o Corpo de Bombeiros foi chamado a atuar em grande incêndio na chamada Cidade Livre, atual Núcleo Bandeirante (cidade-satélite de Brasília), que destruiu 25 casas comerciais, mas que não registrou vítimas graças à atuação da corporação.

Coube ao senador Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC) abrir a sessão que se iniciou com a execução do Hino Nacional pela Banda do Corpo de Bombeiros do DF. Para o senador, a homenagem deveria ser diária, uma vez que esta é a grande característica do trabalho do Corpo de Bombeiros.

A Mesa da sessão especial foi composta pelo secretário de Segurança Pública do DF, general Cândido Vargas de Freire, representando o governador do DF; pelo comandante do Corpo de Bombeiros Militar do DF, coronel Sérgio Fernando Pedroso Abud; e pelo deputado federal Laerte Bessa (PMDB-DF). Estavam presentes à solenidade, ainda, além de parlamentares, soldados e oficiais do Corpo de Bombeiros Militar do DF e estudantes do Colégio Militar de Brasília.

Adelmir Santana lembrou que, em abril de 1954, o então presidente Getúlio Vargas assinou decreto instituindo o Dia do Bombeiro Brasileiro, celebrado em 2 de julho, e a Semana de Prevenção contra Incêndios. Hoje, a corporação conta com seis mil bombeiros militares e desde 1993 também estão sendo admitidas mulheres.

- É preciso coragem para ser um bom bombeiro, mas também versatilidade e inteligência para atender aos mais diferentes acidentes - disse o senador.

Segundo Adelmir Santana, apagar incêndios é apenas uma das atribuições desses profissionais. Eles também são chamados para apartar brigas, atender a vítimas de acidentes de trânsito, socorrer pessoas e animais em perigo, levar pessoas ao hospital e até fazer partos, relatou o senador. O bombeiro inspira confiança e a corporação é sempre a mais lembrada quando há pesquisas de opinião pública no Brasil, destacou.

O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) disse que a função de bombeiro reúne três componentes que levam ao sonho que o jovem tem de exercer a profissão: o heroísmo, o fato de salvar vidas e o reconhecimento público. Por isso, argumentou o senador, como todos os meninos e meninas que aspiram ser parte dessa corporação, "eu também, como menino, queria ser bombeiro".

- Como governador do DF, tive a oportunidade de conviver bastante com a corporação e minha admiração por bombeiros e seus dirigentes cresceu diante do profissionalismo e da eficiência que regem o Corpo de Bombeiros - afirmou.

Em seu pronunciamento, ainda, Cristovam confessou que tem como aspiração "ser conduzido num carro de bombeiros para minha última morada, depois da minha morte".

Para Geraldo Mesquita, o trabalho dos bombeiros, embora anônimo, é cheio de atos de heroísmo. Por isso, avaliou, não se justifica a grande diferença salarial que existe, no DF, entre os bombeiros e os agentes de polícia civil. Ele disse que seria uma homenagem justa, para marcar o Dia do Bombeiro, promover a equiparação desses salários.

Laura Fonseca/ Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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